Estudantes de arquitetura têm visita técnica às obras do Palacete Faciola
Secretaria de Estado de Cultura (Secult) informa que as obras alcançaram 90% da meta e estão em fase de acabamento
Sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e com previsão de entrega para o final de junho deste ano, as obras do Palacete Faciola e das duas casas adjacentes já alcançaram 90% e estão em fase de acabamento. Na manhã desta sexta-feira (6), 20 alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA) tiveram a oportunidade de visitar o local, guiados pela diretora do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), Karina Moriya, e pela Professora doutora Elna Trindade, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFPA).
A estudante do oitavo semestre, Sâmyla Blois, frisou que a oportunidade permite aos alunos conhecer de perto as etapas mais práticas das obras. “Na faculdade, acabamos tendo um contato mais teórico, então é muito importante fazermos essas visitas de campo. Nelas, nos sentimos parte de uma história que estava escondida pelo abandono e agora está sendo revelada. A sensação de conhecer em primeira mão é muito especial, não só para a nossa formação como arquitetos, mas pessoalmente como como moradora da cidade, como quem faz parte dessa história também”, comentou a aluna.
Ministrante da disciplina de Restauro, a professora Elna Trindade destacou a importância dessa vivência dos alunos em um contato mais direto com uma obra de restauro. “Em sala, falamos da teoria, mostramos imagens, mas nada se compara a vivenciar a obra em si, e isso é fundamental, porque nós estamos em um prédio importante para o Estado, um prédio tombado, que vai ter uma nova funcionalidade em termos culturais. Estou muito feliz de ver uma edificação dessas, com um acervo riquíssimo em termos técnicos, estilísticos e materiais, sendo recuperada e tendo retorno para a população”, enfatizou a arquiteta.
De acordo com a diretora do Dphac, Karina Moriya, durante a visita foram apresentadas as três edificações: a casa principal, que abrigará o Dphac, as duas casas adjacentes, que sediarão o Museu da Imagem e do Som (MIS) e um auditório para 105 pessoas. “Essa visita com os alunos de arquitetura foi justamente para eles entenderem o projeto, que está sendo executado, a obra de restauração e de intervenção, o significado histórico e as possibilidades de uso e de modificações. Esse trabalho de educação patrimonial contribui também para que eles possam escolher suas futuras especialidades, seja na área de restauro ou em outras”, finalizou.