Projeto reforça o papel da educação no combate ao racismo
Com o objetivo de contribuir para a promoção da igualdade racial, o Projeto Minha Escola Contra o Racismo reforça o papel da educação na luta contra a violência oriunda do preconceito. A Coordenadoria de Educação para a Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), realizadora do projeto, visa abrir possibilidades de enfrentamento ao racismo a partir de trabalhos formativos, culturais e artísticos que representem a história e demais valores da população negra.
O projeto pretende promover um encontro entre profissionais da educação para refletir, discutir, partilhar e avançar na educação formativa, destacando as práticas pedagógicas e os componentes curriculares, tendo em vista atividades que possam ser desenvolvidas no contexto escolar sem ignorar os reflexos desse processo no âmbito familiar, comunitário e na vida dos negros.
O público-alvo do projeto será capacitado para entender a pluralidade étnica e cultural do Brasil, por meio de atividades envolvendo as escolas da rede estadual de ensino e o Instituto Federal do Pará (IFPA), a partir de um acordo de cooperação técnica. A parceria vai possibilitar estágios de alunos da rede estadual de ensino na Universidade e a participação de alunos do IFPA nas escolas públicas.
Os projetos de capacitação serão ofertados por meio de vagas de estágios obrigatórios e não obrigatórios, além da promoção de eventos de formação e mútua cooperação em projetos de pesquisa, extensão e inovação, incluindo a transferência de tecnologias educacionais.
Oferta de vagas - O atendimento começará de forma gradativa na Região Metropolitana de Belém e nos municípios atendidos pelos campi do Instituto Federal do Pará. Serão ofertadas 200 vagas de estágios nas unidades de ensino da rede estadual para atender os alunos regularmente matriculados no IFPA, e 70 vagas nas dependências do Instituto para atender alunos oriundos da rede pública de ensino.
Haverá, ainda, 75 eventos de capacitação realizados pela Seduc e 50 pelo IFPA, além de 10 projetos coordenados pela Secretaria e oito pelo Instituto. Além da Região Metropolitana de Belém, 11 municípios serão atendidos de imediato: Abaetetuba, Bragança, Breves Castanhal, Capanema, Monte Alegre, Mãe do Rio, Maracanã, Óbidos, Almeirim e Tucuruí.
A valorização do negro vai muito além da promoção de condições para sua formação. O processo passa pela recuperação da história e cultura dentro de uma proposta pedagógica, que privilegie a formação nos aspectos político, econômico, cultural e regional, à luz da realidade contemporânea. (Texto de Fellipy Fernando).
