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'19 DE ABRIL'

Uepa valoriza a cultura que marca a resistência dos povos indígenas

Mais que uma data, a Uepa ressalta a importância do Dia dos Povos Indígenas com debates, trabalho acadêmico, fotografias e artesanato

Por Governo do Pará (SECOM)
18/04/2022 17h47

“Força e Resistência dos Povos Indígenas: Demarcando Territórios, Educação e Saúde nas Políticas Indigenistas no Pará” é o tema central da programação que realizada nos dias 19 e 20 (terça e quarta-feira), alusiva ao Dia dos Povos Indígenas – 19 de Abril. A promoção é do Núcleo de Formação Indígena (Nufi), da Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Grupo de Estudos Indígenas na Amazônia (Geia).

A data de 19 de abril, institucionalizada como Dia do Índio, ainda é abordada em muitos espaços escolares com ênfase na imagem do indígena nas matas, usando pintura e cocar. A coordenadora do Nufi, professora Joelma Alencar, ressalta a importância de mudar essa perspectiva. “Para nós é muito importante demarcarmos essa data como um dia de luta e resistência dos povos indígenas, frente a todo esse processo de colonização das suas culturas, das suas identidades”, informa.A diversidade dos povos indígenas será abordada na exposição fotográfica

Uma das atividades vai retratar a imagem das populações indígenas em um contexto de diversidade das culturas. É a exposição fotográfica “Os Caminhos que Levam à Formação”, que será montada no pátio da reitoria da Uepa. Além de fotografias, os visitantes terão acesso a artesanato indígena, que poderá ser adquirido no mesmo espaço.

Na terça-feira, as 09 h, será aberta a parte acadêmica da programação com a banca de defesa da tese “Saberes Interculturais na Formação de Professores Indígenas que Ensinam Matemática: Uma Experiência de Partilha no Estágio Supervisionado”, da doutoranda e coordenadora da Licenciatura em Educação Indígena, Aline da Silva Lima. A defesa ocorrerá de forma remota, pela plataforma Google Meet.

À tarde, ocorrerá a mesa temática com os professores Waremoa Assurini, Enivaldo Tembé, Patkôre Kaiapo, e a professora Vera Arapyun. A programação do dia será encerrada as 17 h, com apresentações artísticas.

Na quarta-feira, pela manhã será realizada uma ação de saúde com indígenas, e a partir das 11 h uma programação cultural.

Educação indígena - Em dezembro de 2021, o Nufi completou 10 anos. Vinculado à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), o Núcleo é um instrumento de articulação e execução das ações afirmativas para formação inicial e continuada dos povos indígenas.

Em um espaço interinstitucional na Uepa, o Núcleo visa garantir aos povos indígenas formação superior, realização de pesquisas, atividades de extensão e formação continuada, de acordo com suas necessidades e realidades. São ofertados cursos de Licenciatura Intercultural Indígena e o Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar Indígena (PPGEEI), além das pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Estudos Indígenas na Amazônia.Indígenas com acesso à educação é um dos resultados das iniciativas da Uepa e do Programa Forma Pará

Desde a criação do Nufi já foram formados mais de 200 indígenas, e no Programa de Mestrado foram defendidas 15 dissertações, enquanto duas turmas estão em atividade, somando 38 alunos de pós-graduação.

Atualmente, o curso de Licenciatura tem uma turma na região dos Munduruku, com 73 alunos, que finalizam o curso em abril e se formarão em maio, e uma turma na aldeia Xicrin do Cateté, com 49 alunos. O curso de Licenciatura é ofertado por meio do Programa Forma Pará, parceria entre a Uepa e a Prefeitura de Parauapebas.

Também já foram oferecidas turmas para os povos Gavião, Suruí Aikewara, Tembé-Guamá, Território Etnoeducacional Tapajós Arapiuns, Território Etnoeducacional Ixamná, Território Etnoeducacional Kayapó, Asurini do Trocará, Tembé-Gurupi e Território Indígena Cobra Grande – este formado pelos povos Arapium, Tapajó e Jaraqui.

Texto: Guaciara Freitas – Ascom/Uepa