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SEGURANÇA PÚBLICA

Primeiros filhotes da Maternidade Canina da PM têm treinamentos

O mais novo plantel do Batalhão de Ações com Cães (BAC) recebe cuidados de saúde para em breve auxiliar os militares

Por Dayane Baía (ARCON)
12/04/2022 14h27

A 2º Tenente PM Marina Coutinho e o 3º Sargento PM J. Silva atuam na Maternidade Canina do Batalhão A primeira ninhada da Maternidade Canina do Batalhão de Ações com Cães (BAC) cresce com saúde e avança nos treinamentos para as ações especiais. Os filhotes nasceram em novembro e habitam as instalações da maternidade, que foi entregue oficialmente em fevereiro.

No espaço, o crescimento deles é monitorado diariamente com acompanhamento veterinário e de adestradores. A rotina de cuidados inclui a cobertura do esquema vacinal, vermifugação e exames de rotina. “Aos quatro meses de vida eles encerram as vacinas obrigatórias e são liberados para treinamentos externos. Eles já fizeram todo o check-up e a manutenção com uso de repelentes para prevenção de doenças e a pesagem mensal para o cálculo de ração suficiente para nutri-los”, conta a 2º tenente Marina Coutinho, médica veterinária do BAC.

O 3º Sargento PM J. Silva em demonstração com um dos jovens cães do plantel do Batalhão PMOs seis filhotes, da raça pastor-belga-malinois, são fruto do cruzamento de uma cadela do Batalhão de Polícia Rodoviária com outro pastor-belga-malinois. “Ela veio para acompanhamento pré-natal aqui e do parto. Eles ficaram sendo amamentados por ela até a data do desmame e ela retornou e eles ficaram para o nosso manejo”, explica a médica veterinária.

Membro da equipe de Adestramento e Instrução do BAC, o 3º Sargento J. Silva, explica que também desde o nascimento, a partir do terceiro dia de vida, o manejo inicia. “Nós já entramos com alguns protocolos de estimulação neurais para que os filhotes evoluam de maneira mais rápida. Utilizamos barulhos diversos para ir acostumando os cães desde cedo. Isso ajuda muito quando eles vão para fora e não se assustam”, pontua J. Silva.

Treinamento no quartel tem objetivos específicos, como identificar o cheiro de narcóticos ou explosivos O manejo direcionado é para as funções de trabalho no quartel, como faro de narcóticos ou explosivos, além da nova modalidade que é a busca de pessoas por odor específico. “Mesmo de forma lúdica, é direcionado na ninhada. Lá na frente, aqueles que se saírem melhor no treinamento vão para um mais específico. Eles estão superando as expectativas e ficamos felizes porque vemos todo o esforço e dedicação de todos os dias ensinar algo novo aos cães”, comenta o sargento.

São várias pequenas sessões de treinos, geralmente associado ao estímulo alimentar, e gradativamente vão entrar outros mecanismos como o uso de brinquedos.  

O foco é o reforço no trabalho de combate à criminalidade no Pará, como explica o comandante do BAC, tenente coronel Gabriel Gonçalves da Silva. “A maternidade contribui para a sociedade através do avanço para a instituição Polícia Militar para bem servir e proteger a sociedade paraense com o aumento do nosso efetivo canino e assim da nossa expressividade e trabalho, abrangendo principalmente as regiões do interior”, afirma o comandante.

A proposta também é ampliar o plantel da PM que atualmente tem 34 cães e pode chegar até 60. “Um dos principais objetivos da reprodução canina é a economia nos gastos do dinheiro público, uma vez que cada cão adquirido por meio de licitação custa em torno de R$ 15 mil a R$ 20 mil, bem como fazer o acompanhamento dos cães desde o período neonatal e assim trabalhar as competências que buscamos neles”, acrescenta o tenente coronel.

A 2º Tenente PM Marina Coutinho é veterináriaO BAC já mira em um novo processo reprodutivo com a espera do período fértil de uma das cadelas do espaço. “Estamos com uma cadela aguardando cio para fazer o processo de reprodução natural ou assistida e estamos no processo de aquisição de matrizes pois temos os nossos reprodutores aqui para dar início a mais ninhadas”, comenta a veterinária.

O Batalhão também ganhou 30 novos boxes, totalmente preparados com altura adequada do comedouro, para evitar problemas de colunas nos animais, além da instalação de um telhado com manta térmica para evitar insolação ou desidratação dos cães. O batalhão também foi contemplado com solários, destinados aos novos animais, e mais duas viaturas adaptadas para o transporte deles durante as operações. O investimento foi de mais de R$ 2 milhões.