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Pará apresenta eixos estratégicos em evento virtual do Fórum Mundial de Bioeconomia

Encontro debateu as recentes bioestratégias e bioiniciativas nacionais e regionais que serão discutidas no Fórum 2022

Por Aline Saavedra (SECOM)
08/04/2022 11h52

Momento do evento online Mesa Redonda Mundial, com a participação da Semas, nesta quinta-feira (7)A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) apresentou no evento Mesa Redonda Mundial de Bioconomia, promovido de forma virtual na última quinta-feira (07), a experiência do Pará com a estratégia estadual de bioeconomia. O encontro debateu as recentes bioestratégias e bioiniciativas nacionais e regionais que serão discutidas no Fórum Mundial de Bioeconomia 2022. 

Brasil, Colômbia, Portugal, Região da Catalunha, Espanha, União da África Oriental e Indonésia participaram da mesa redonda. No evento foi pontuado que a estratégia estadual de bioeconomia do Pará, lançada durante o Fórum Mundial de Bioeconomia de 2021, orienta a construção de ações bioeconômicas a partir de três eixos: pesquisa, desenvolvimento e inovação; patrimônio genético e conhecimento tradicional associado; assim como as cadeias produtivas e negócios sustentáveis.

Por meio do eixo de pesquisa, desenvolvimento e Inovação, é promovido o conhecimento científico e tecnológico, através do fortalecimento de estratégias de ciência, tecnologia e inovação para valorizar e inovar a bioeconomia, buscando aumentar as capacidades produtivas regionais de forma inclusiva e com benefícios socioeconômicos e ambientais integrados.

Patrimônio genético e conhecimento tradicional associado é o segundo eixo da estratégia. Nesse pilar são trabalhados o reconhecimento, proteção e valorização do patrimônio genético e do conhecimento tradicional, integrados às políticas de redução de emissão de gases de efeito estufa e de proteção dos territórios indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, conservando as florestas e a biodiversidade, contando com a garantia de salvaguardas socioambientais como o respeito à identidade e à vontade dos povos e comunidades tradicionais.

O terceiro eixo, cadeias produtivas e negócios sustentáveis, promove o estabelecimento de um ambiente de investimento atrativo, por meio do fortalecimento e verticalização de cadeias produtivas sustentáveis e da sociobiodiversidade, de maneira que gere desenvolvimento local, emprego, renda e distribuição dos benefícios de forma justa.

Através de parcerias com organizações não governamentais, esses eixos buscam promover a sinergia, atenção contínua e de apoio, entre os povos e comunidades tradicionais, o setor agropecuário sustentável, os organismos de pesquisa em ciência, tecnologia e inovação, e a sociedade civil.

Camille Bemerguy, diretora de Mudanças Climáticas, Serviços Ambientais e Bioeconomia da Semas explica que a política vem sendo construída de forma integrada, a partir do diálogo com o setor público, setor privado, terceiro setor, sociedade civil e povos tradicionais.

"Importante salientar que essa política vem sendo construída a partir de um diálogo com múltiplos atores interessados. Entendemos que é uma política transversal e como tal exige, e demanda, que façam parte, desde a origem, do processo de construção da política. Ou seja, a construção da estratégia estadual de bioeconomia partiu da escuta dos próprios amazônidas, e não uma mera 'importação' de conceitos de bioeconomia que podem servir a outras regiões do mundo mas que não respondem às necessidades dos próprios amazônidas. É uma construção feita por amazônidas para amazônidas", enfatiza ela.


Reafirmação de compromisso

Através do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) são construídas políticas públicas que visam a transição para uma economia de baixo carbono, que reduza o desmatamento e restaure as florestas do estado, além de, melhorar os meios de vida da população e dos Povos da Floresta. Um exemplo disso é a estratégia estadual de bioeconomia, que busca promover a sustentabilidade eficiente atendendo os objetivos socioambientais do PEAA.