Órgãos estaduais investem em energia solar e reduzem gastos
O Governo do Estado incentiva a economia limpa em secretarias e órgãos públicos
Economia limpa. Esse é conceito mais amplo do uso de energia solar nas secretarias e órgãos públicos estaduais. A iniciativa, ao tempo que reduz impactos ambientais, garante economia aos cofres públicos. O Governo do Estado reforça o compromisso socioambiental com o incentivo da adoção de medidas sustentáveis dentro da estrutura pública.
A Policlínica Metropolitana é um dos exemplos, com a instalação, no ano de 2021, do sistema de energia fotovoltaica, que permite uma economia de 30%, em média, na conta de energia elétrica. A tecnologia permite ainda que o excesso de produção de energia elétrica se converta em crédito do órgão público junto à concessionária. Por exemplo, em geral, os órgãos públicos estão fechados nos finais de semana, e, ainda assim, as placas fotovoltaicas continuam gerando energia elétrica, o que acaba sendo acumulado e virando crédito para a instituição.
Diretor de Infraestrutura da Poli, Salomão Favacho destaca que a utilização de energia solar se soma a outras práticas de consciência ambiental e social que fazem parte do nosso dia a dia da Policlínica Metropolitana.
Ele citou também “o reaproveitamento da água da chuva nos vasos sanitários, na jardinagem, na lavagem de pisos e alguns ambientes; a Estação de Tratamento de Esgoto, que é depositado no destino adequado; a coleta e descarte correto do lixo, em parceria com cooperativas de reciclagem, assim como a diminuição da quantidade de impressão de papéis, porque adotamos a prática do prontuário eletrônico. Essas ações somadas demonstram a preocupação da Poli com a sustentabilidade e meio ambiente”, afirmou Salomão Favacho.
O Centro de Controle Operacional (CCO), prédio que concentrará os trabalhos do sistema integrado de transporte, do BRT Metropolitano, está com 65% da edificação concluída, e é também exemplo de construções estaduais baseadas em padrões de sustentabilidade.
“Boa parte da energia utilizada pelo prédio em funcionamento será de energia solar. E quando se tem um sistema de energia solar, se reduz o consumo de energia elétrica, isso quer dizer que há economia financeira, mas também redução de queima de carbono. Além disso, haverá coleta da água das chuvas para a utilização de limpeza do prédio e irrigação de plantas, por exemplo”, conta Eduardo Ribeiro, diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).
Estima-se que o Governo do Estado economizará, em média, R$ 200 mil, por ano de consumo de energia elétrica no CCO. O projeto atende aos critérios da certificação LEED, Liderança em Energia e Design Ambiental, a mais renomada certificação no quesito construção sustentável, em todo o mundo.
Com a certificação, o CCO será o primeiro edifício público sustentável na Amazônia, dentro da categoria Novas Construções, com possibilidade de atender o nível Gold, a segunda mais elevada no critério.
A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará desenvolve um estudo de viabilidade técnica para ampliar o projeto de captação de energia solar. Atualmente, segundo Marcelo Frota, gerente de Infraestrutura da Santa Casa, são usadas 60 placas solares na Unidade Almir Gabriel (UAG) para pré-aquecimento de água encanada para o banho e higienização dos bebês, o que representa a economia de cerca de 8% da conta de energia elétrica.
“Também utilizamos a água das chuvas de forma sustentável. Ela é captada em um reservatório de 20 mil litros e reutilizada nas descargas dos banheiros, o que impacta na redução de 10% do consumo de água da instituição”, pontua o gerente. A Santa Casa busca se tornar o primeiro hospital público da região Norte 100% sem papel atende às exigências de economicidade e ambientais. Mais de 90% dos documentos do hospital já foram informatizados.