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Adepará realiza até maio inspeção fitossanitária nas plantações de soja em Paragominas

O município da região Sudeste é o maior produto do grão no Pará, seguido por Dom Eliseu e Santana do Araguaia

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
01/04/2022 23h13

O município de Paragominas, maior produtor de soja do Pará, está passando por inspeção fitossanitária pela equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), de março até maio. O complexo da soja no Estado é o principal item de exportação do agronegócio, representando cerca de 25% do valor exportado pelo setor.

Em 2021, a soja foi o principal produto de exportação, alcançando US$ 813,38 milhões (39,36% do total do Estado), o equivalente a um ganho de 6,88% em relação ao mesmo período do ano anterior, e um volume de exportação de 1,96 milhão de toneladas.

Em nível nacional, a soja também é o principal produto da pauta de exportação, e atingiu em 2020 o recorde de 119,4 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Pará, a soja apresenta ritmo acelerado de crescimento, expandindo sua área cultivada, no período de 2010/2021, de 85,4 mil para 731,9 mil hectares, o que representa 30% da área de lavouras.

Agronegócio 

Os produtos de exportação do Pará que compõem o complexo da soja são: soja em grãos, óleo e farelo. Os grãos são o principal produto, com participação de 99,76% do complexo exportado.

Nesse cenário, o Pará exportou US$ 2.07 bilhões (1,71% da exportação agro nacional), atestam os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os municípios que mais se destacam nesse cultivo são: Paragominas, com 526.050 toneladas, um aumento de 26,42% em relação ao ano anterior; Dom Eliseu, com 283.500 ton., representando um aumento de 14,24%, e Santana do Araguaia, com 233.310 ton., e um aumento de 11,72%.

Atualmente, a soja é o produto de maior representatividade dentre as culturas paraenses, e contabilizou uma produção na safra 2020/2021 de 2,23 milhões de toneladas, com produtividade média de três toneladas por hectare, em uma área plantada total de 731,9 mil hectares. 

Fitossanidade 

Diante da importância econômica para o agronegócio há necessidade de prevenção e controle das pragas que atacam essa cultura. Um trabalho que a Adepará executa seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), e as demandas do Programa Estadual Fitossanitário da Cultura da Soja (PEFCS). 

A inspeção fitossanitária é realizada anualmente pela Agência de Defesa, coordenada pela Gerência de Programas de Pragas de Importância Econômica, informou Maria Alice Thomaz, gerente de programas de pragas de importância econômica e responsável técnica pelo Programa Estadual Fitossanitário da Soja no Pará.

“Realizamos as inspeções fitossanitárias em Unidades Produtivas de Soja para detectar a ocorrência de pragas capazes de ocasionar perdas na produção. A perda ocasionada pela ferrugem asiática da soja pode chegar a 80% da produção. Considerando que, segundo a Conab, em 2020/2021 o Pará produziu 2.230,8 toneladas, somente essa praga poderia ocasionar uma perda em torno de 1.784,64 toneladas”, explicou a gerente.

Dentre essas ações desenvolvidas pelo PEFCS estão: inspeções fitossanitárias, para levantamento de ocorrência de pragas, visando ao mapeamento de ocorrências; cadastramento de propriedade/produtor/unidade produtiva de soja; fiscalização do vazio sanitário; coleta e envio de amostras de vegetais e solo com suspeita de praga para diagnóstico; capacitação de técnicos e produtores rurais sobre reconhecimento de pragas, e métodos legislativos.

Produção

A sojicultura nacional foi responsável por 12% do total de novos postos de trabalho na agropecuária, no período de julho a setembro de 2021, quando comparado a 2020. Houve um acréscimo de 750 mil vagas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

"Nosso Estado está crescendo em sua área plantada de soja. Em breve, estaremos chegando aí próximo a um milhão de hectares. Nesse contexto, o trabalho da Adepará de guardiã dos grãos do Estado, fazendo inspeção e fiscalização, com o controle de ferrugem e outros inimigos naturais da planta, está sendo muito importante para os produtores", avaliou o sojicultor Wanderlei Ataide.

Para a safra 2021/2022, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 2,35 milhões de toneladas - um acréscimo de 5,3% em relação à safra anterior. A Conab também projeta um aumento de 3% na área cultivada do grão. Com o resultado, o Pará deve se manter na 13ª posição nacional na produção da oleaginosa. 

Durante a safra 2020/2021 foram realizadas 1.058 inspeções fitossanitárias em 764 propriedades, de 34 municípios. Para este ano, a previsão é de 1.200 inspeções fitossanitárias em 37 municípios. “Observa-se ao longo dos anos uma expansão na área plantada no Estado, com a introdução de tecnologias, principalmente na área de irrigação. Estamos acompanhando essa expansão”, explicou a gerente da Adepará.