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Seap garante trabalho de 150 internos do sistema penitenciário na construção civil

Cumprindo pena em regime semiaberto, eles vão atuar na construção do novo Hospital Pronto-Socorro de Belém, no bairro do Bengui

Por Governo do Pará (SECOM)
15/03/2022 19h30

Internos do Sistema Penitenciário construindo um novo caminho por meio do trabalho remuneradoA Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a empresa CDG, responsável pela construção do novo Hospital Pronto-Socorro de Belém, assinaram na manhã desta terça-feira (15), no canteiro de obras, no bairro do Bengui, convênio para contratação de 150 internos que cumprem pena em regime semiaberto, na Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI). Eles deverão atuar como ajudante geral, pedreiro, pintor, armador de ferragens, carpinteiro, serralheiro, eletricista e encanador, até o final das obras do novo Pronto-Socorro, previsto para o ano que vem. Durante esse tempo, além de remuneração fixa de um salário mínimo, os custodiados garantem remição de pena, conforme preconiza a Lei de Execução Penal.

Representantes da Seap e da construtora, e operários De acordo com o técnico em Segurança da CDG, Elton Costa, a obra iniciada em julho do ano passado já conta com 218 funcionários, 50 dos quais internos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI). Em breve serão 100 internos e, posteriormente, 150, segundo o convênio assinado. “A mão de obra deles é muito importante, e já existe um retorno positivo. Estamos vendo que são pessoas dedicadas ao trabalho, às vezes, até mais do que os outros funcionários da empresa. Já temos internos atuando inclusive no setor administrativo, que é um setor normalmente mais restrito, pois já conquistaram a nossa confiança”, informou.Secretário Jarbas Vasconcelos na assinatura do convênio

Reconhecimento - O secretário de Estado de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, disse não ter dúvidas “de que os nossos internos vão continuar trabalhando aqui com excelência. É o que temos visto pela nossa experiência. Aonde a pessoa privada de liberdade vai, normalmente ela produz mais. Ela quer mostrar serviço, quer ficar, ser reconhecida. E nós, da Seap, queremos exemplos de empresas que quebrem o preconceito e contratem mão de obra prisional. Espero que essa parceria venha a ser um exemplo”.

Um dos internos contou que a família inteira está muito feliz com a oportunidade que ele está recebendo, de se reinserir na sociedade por meio do trabalho. “Vamos tentar fazer tudo de bom para, a cada dia, chegarmos mais lá no alto. E só agradecer a Deus por tudo, principalmente por essa oportunidade que eles estão dando para nós. Eu tenho certeza de que ninguém vai se arrepender, pois nós somos de confiança. Éramos pessoas do crime, mas hoje nós somos pessoas do bem; nós mudamos”, assegurou.

Texto: Ascom/Seap