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DIA DA MULHER

Lideranças femininas trabalham pelo protagonismo nos territórios atendidos pelo TerPaz

A rede de mulheres conecta o Estado com as necessidades de cada comunidade, contribuindo para políticas públicas que atendem às demandas dos moradores

Por Governo do Pará (SECOM)
08/03/2022 20h00

O Programa “Territórios Pela Paz” (TerPaz), executado pelo Governo do Pará desde 2019, conta com uma rede de apoio nos sete bairros onde está instalado na Região Metropolitana de Belém. Grande parte dessa rede é formada por mulheres que, com muita determinação, têm a importante função de conectar o Estado com as necessidades sociais de cada comunidade, dando origem a políticas públicas essenciais às demandas dos moradores.

A secretária Rosilda Corrêa, moradora do bairro do Jurunas há 50 anos e líder comunitária, ressaltou a importância de mais mulheres assumirem funções de protagonismo em todos os âmbitos sociais. “A importância da liderança de uma mulher é a facilidade de comunicação para envolver a comunidade. Nós, mulheres, sabemos as dificuldades que passamos e as barreiras que enfrentamos no dia a dia”, disse Rosilda.

Ao lado de outras lideranças femininas, como Enedina do Socorro, representante do Centro Comunitário Limoeiro, e Joana Matos, do Centro Comunitário Paulo Roberto, ambos no mesmo bairro, Rosilda Corrêa trabalha para condensar as demandas e levá-las às equipes do TerPaz para serem atendidas. São mulheres que ajudam o Estado e suas comunidades a escrever uma nova realidade para cerca de 60 mil moradores do Jurunas, um dos bairros mais populosos de Belém.

Transformação - A alguns quilômetros de distância do Jurunas, o bairro da Terra Firme já foi conhecido “como zona vermelha”, uma área de grande periculosidade. Hoje, é mais um celeiro de talentos revelados em vários setores. Lá também há mulheres no comando dessa transformação. A professora Rozineide Ferreira de Miranda é uma das lideranças que atuam nas ações do TerPaz na Terra Firme. Segundo ela, o trabalho é estar lado a lado com quem mais precisa de atenção. “Minha função é, junto com o movimento, fazer a escuta da comunidade e a luta por melhorias no que diz respeito a saneamento, habitação, educação e saúde. Dentro do Terpaz sou voluntária, contribuindo por meio do diálogo, levando as demandas da comunidade até o programa”, informou.

Com a ajuda de outras líderes, como Fátima Santana, Isabel Carvalho, Lilia Melo e Ana Luísa, a educadora mantém a luta contra o patriarcado e o machismo, para que todas sejam protagonistas de suas histórias.

Longa caminhada - Elas sabem que a valorização da mulher e a igualdade de direitos ainda são temas que precisam evoluir dentro das comunidades. Para isso, o TerPaz executa ações que já beneficiam 72% do público formado por mulheres, com o devido espaço no programa.

“Muitas mulheres que passam por violência sequer sabem que aquilo é violência. O programa possui essa fase de consciência, de despertar, que a gente levou através de ações que são muito interessantes, porque a gente se dá conta do quanto isso ainda é um tabu dentro da sociedade, e quanto ainda falta avançar. A gente leva esse diálogo para dentro das periferias”, explicou Juliana Barroso, diretora-geral do Núcleo de Cidadania da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac). Além do diálogo, o TerPaz também leva medidas práticas que incentivam a independência financeira da mulher, como cursos de empreendedorismo, linhas de crédito, mentorias e orientação sobre como usar esse crédito.

“É tudo muito complexo quando se fala da periferia. Há carência de políticas públicas, mas quando obtivemos resultados é muito gratificante”, disse Rozineide, para quem as mulheres “sejam protagonistas de suas histórias. Que vivam e sejam felizes do jeito que escolherem”.

Texto: Raiana Coelho - Ascom/Seac