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AGRICULTURA FAMILIAR

Com apoio da Emater, extrativistas de Bagre recebem mais de R$ 700 mil em crédito rural

Os recursos, liberados via Linha Floresta do Pronaf, são destinados ao manejo de açaizais nativos

Por Governo do Pará (SECOM)
25/02/2022 21h47

Com projetos elaborados pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), 28 famílias de Bagre, município do Arquipélago do Marajó, receberam mais de R$ 700 mil em crédito rural para manejo de açaizais nativos. Os contratos da Linha Floresta, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foram assinados no último dia 18 de fevereiro, em parceria com o Banco da Amazônia (Basa).Técnicos da Emater durante a assistência aos extrativistas de Bagre

Cada ribeirinho beneficiado nas comunidades Cristo Rei, Nova Jerusalém, Santo Antônio e São Francisco, e nos assentamentos federais Loais e Piraruaia, está aplicando recursos superiores a R$ 28 mil em limpeza de área e desbaste calculado, em uma área individual de quatro hectares. A partir dos tratos culturais, o manejo pode triplicar a produtividade, em comparação à coleta sem qualquer intervenção.

As regiões fazem parte dos ecossistemas situados às margens dos rios Caruará Grande, Jacundá, Pará, Pimental e Tachi. Os assentamentos Loais e Piraruaia são ilhas.

Para o chefe da Emater no município, o técnico em Agropecuária Marinaldo Lobato, o crédito é "importantíssimo", porém não esgota a assistência da Emater. "A maior parte desses contratos, inclusive, é de refinanciamento. São propriedades nas quais o manejo já é uma realidade. Vamos melhorando, ampliando e capacitando em programação continuada. O açaí de Bagre é um produto que abastece o município e se transforma em um valor de exportação, para indústrias de fora e para outras partes do Estado", explicou.Manejo dos açaizais aumenta a produtividade

Açaí e farinha - O agricultor Raimundo Pinto Neto, 47 anos, considera-se "um homem de sucesso". Com a esposa Marenei, 36 anos, ele é dono da Vista Alegre – uma área às margens do Rio Pimental -, que tem açaí nativo e plantação de mandioca. Até a sede de Bagre, a viagem de rabeta leva em torno de 50 minutos.

"Vivemos do açaí e da farinha. É um bom resumo, porque tem dado muito certo com o apoio da Emater e a confiança das políticas públicas que saem do papel e chegam aqui de verdade", informou. O casal tem quatro filhos (Joyce, 19 anos; Jocinei, 17 anos; Joilson, 14 anos, e Jucimara, dois anos), e pretende melhorar a renda e a qualidade de vida das futuras gerações. "Aqui empreendemos. É um negócio familiar e uma história de família. Temos orgulho de viver em harmonia com a natureza e de ser exemplo de que a sustentabilidade dentro da Amazônia é possível, sim", reiterou Raimundo Neto.

Texto: Aline Miranda – Ascom/Emater