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Profissionais gráficos se dedicam à transformação da Imprensa Oficial do Estado

No Dia Nacional do Gráfico, nesta segunda-feira (7), a Ioepa presta homenagens para quem faz a Imprensa Oficial do Pará no dia a dia

Por Dayane Baía (ARCON)
07/02/2022 13h07

Grráfico inspeciona impressão de documento na Imprensa Oficial do Estado (Ioepa), em Belém Aos 12 anos de idade, Ubirajara Antônio Frazão já acompanhava o pai que trabalhava na Imprensa Oficial do Estado. “Era uma forma de estar próximo, evitar a rua, naquela época. Eu ajudava a dobrar os jornais e com o tempo fui pegando gosto. Já se passaram mais de 50 anos”, conta o gráfico que ocupa a função entre os mais antigos da Ioepa.

Neste dia 7 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional do Gráfico e a instituição homenageia os profissionais que se dedicam diariamente e acompanham a transformação do órgão. Por muitas décadas, a principal demanda era a impressão do Diário Oficial do Estado. Entretanto, desde 2019, a publicação passou a ser integralmente digital, oportunizando o atendimento a outros serviços para as diversas instituições do poder executivo estadual.

Servidor no trabalho diário no Parque Gráfico da Ioepa, órgão público responsável por documentos diversificadosNa Ioepa, já são mais de 30 anos de homenagens para lembrar a data e a importância desse profissional para a sociedade. Quase 50 gráficos diariamente se dedicam à produção de impressos diversos para atender a solicitação de órgãos e secretarias do governo, além de entidades privadas, dentro do Parque Gráfico da Imprensa Oficial do Estado (Ioepa).

Segundo o presidente da Ioepa, Jorge Panzera, os gráficos exercem um papel de extrema importância para a sociedade. “Sem esses profissionais não seria possível iniciar um trabalho tão fundamental para garantir a transparência dos atos públicos, desde a circulação do primeiro exemplar do Diário Oficial do Estado, em 11 de junho de 1891, até os dias atuais”, contou Panzera.

Os profissionais, em sua maioria com mais de 30 anos de experiência, acompanham a modernização dos meios de impressãoDesde a fundação da Ioepa, em abril de 1890, até os dias atuais, muita coisa mudou com a modernização do Parque Gráfico, que adquiriu novas máquinas off set, em substituição às máquinas antigas. Os profissionais, em sua maioria com mais de 30 anos de trabalho na autarquia, também vêm acompanhando esse ciclo de modernização, ganhando novas funções à medida que outras não são mais necessárias.

Com a modernização do Diário Oficial, que passou a ser totalmente digital em 2019, a gráfica da Ioepa manteve o trabalho de atender as demandas do Governo do Estado e de outras instituições, com a produção de impressos de alta qualidade, mas também ganhou uma nova missão, de imprimir os livros da Editora Pública Dalcídio Jurandir. São livros, panfletos, cartazes, impressões em grandes formatos, entre outros produtos, tudo feito com eficiência e zelo no acabamento.Trabalhadores em ação no Parque Gráfico da Ioepa

Para o gerente de Gráfica da Ioepa, Pedro Paulo Ferreira, comenta as transformações passadas pelo órgão. “A Imprensa Oficial passou por vários segmentos, estamos aqui desde quando o Diário Oficial era rodado na linotipo e foi passando pelas reformas até chegar na (impressão) offset. Os gráficos sempre tiveram uma grande contribuição. Atualmente estamos com a Editora Pública e fazemos a encadernação e costura dos livros, por exemplo, dando conta da produção”, comenta Pedro Paulo Ferreira.

O Parque Gráfico da Ioepa é composto por quatro setores que envolvem trabalhos de criação, pré-impressão, corte, impressão e acabamento. 

Joaquim de Jesus Costa é impressor offset da Ioepa e lembra que quando estava no antigo ginásio (hoje Ensino Fundamental), teve contato com o serviço gráfico. “Eu estudava na Escola Salesiana do Trabalho e eu tive oportunidade de aprender uma profissão. Quando vim para a Ioepa eu tinha 17 anos e hoje estou com 48. Essa profissão me dá muito orgulho porque as pessoas veem o meu trabalho, que ajuda a levar a leitura para outras pessoas. Fico muito gratificado por trabalhar aqui. Faço com todo carinho, amor e dedicação”, afirma Joaquim.