Mangal das Garças terá nova moradora: Elza, a arara-azul
A ave irá passar por um período de quarentena e adaptação, para posteriormente ser integrada ao Parque, quando poderá ser admirada de perto pelos visitantes
O Parque Zoobotânico Mangal das Garças terá a partir de março a presença encantadora de Elza, uma arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) de 23 anos de idade. O espécime foi transferido ao local por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), responsável pelo recolhimento do animal oriundo do município de Tucuruí, no Pará. A ave irá passar por um período de quarentena e adaptação, para posteriormente ser integrada ao Parque, quando poderá ser admirada de perto pelos visitantes.
A arara-azul-grande é o maior representante do grupo dos psicitacídeos, que abrange tanto araras, quanto periquitos e papagaios, podendo chegar a pesar um quilo e seiscentos gramas, além de medir 98 centímetros de cumprimento da cauda até a ponta do bico. Apesar de ter uma expectativa de vida de até 80 anos, a espécie já esteve entre os animais ameaçados de extinção, e atualmente se encontra na categoria “vulnerável”.
“A Elza vivia há 23 anos com uma família que a encontrou na mata, ela provavelmente tinha caído do ninho quando foi acolhida por essas pessoas. É um animal que chegou acostumado a uma alimentação inadequada, então ela vai precisar passar por um processo de transição alimentar, além de realizar uma bateria de exames, antes de ser integrada ao Parque”, explica Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal.
O nome dado a ave é uma homenagem a cantora e compositora Elza Soares, que faleceu recentemente. Elza ainda irá passar por um período de quarentena para posteriormente ser integrada a ilha das aves, onde já vivem outras duas espécies de araras: Linda, uma arara-vermelha (Ara chloropterus) e o Marcinho, uma arara-canindé (Ara ararauna).
Camilo González, um dos veterinários do Mangal das Garças, reforça que a quarentena também ajuda na reeducação comportamental, já que durante esse período de introdução de novos alimentos e interação com os tratadores o animal se adapta a nova rotina.
“Essa separação do animal com a pessoa que cuidou dele por anos é muito difícil. Durante a quarentena nos esforçamos para fazer com que o animal sinta que o parque zoobotânico é sua nova família. Nós estamos fazendo todo um trabalho de aproximação, com muito carinho e tranquilizando-a”, comenta González.
Camilo finaliza dizendo que um trabalho de medicina preventiva está sendo feito, e que se tudo ocorrer bem, no início do mês de março a ave será integrada ao Parque, se tornando a mais nova atração do Mangal das Garças.
Programação diária no Mangal das Garças:
– Alimentação das Iguanas no caminho para o farol – 8h30.
– Alimentação das Tartarugas e peixes no lago – 9h
– Alimentação das aves no Viveiro das Aningas – 11h30 (monitorado).
– Alimentação das garças no Recanto da Curva: 11h, 15h, 17h30.
– Soltura das borboletas no borboletário: 10h e 16h (monitorado).
– Apresentação das aves do Viveiro das Aningas – 16h30
- Passeio da coruja Olívia – 17h.
Serviço:
Mangal das Garças
Funcionamento: aberto de terça a domingo, de 8h às 18h – Fecha às segundas para manutenção. Entrada franca.
Obrigatório apresentar carteira de vacinação e documento de identificação para entrada no Parque.
Endereço: Rua Carneiro da Rocha, s/n – Cidade Velha. Belém.
Texto: Beatriz Santos e Gabriel Nascimento/Ascom OS Pará 2000