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Perícia em drogas apreendidas pela PM no Marajó mantém presos suspeitos

Mais de 300 kg de cocaína foram encontrados dentro de embarcação na cidade de Muaná. Seis suspeitos foram detidos durante ação policial

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
07/01/2022 12h07

Peritos criminais da Polícia Científica do Pará (PCP) realizaram, na sede Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), o exame de centenas de tabletes de substâncias com características organolépticas semelhantes à da substância cocaína. A droga foi apreendida pela Polícia Militar (PM), na última quarta-feira (05), em uma embarcação, próximo da Vila Ponta Negra, no município de Muaná, no arquipélago do Marajó.

O procedimento foi feito pela equipe do Laboratório de Química Forense do órgão que, após exame preliminar, constatou exatos 336,14kg de cocaína, distribuídos em 308 tabletes divididos em diferentes colorações. O perito e o auxiliar técnico de perícias recolheram amostragens de cada pacote para a realização de exames definitivos no laboratório, utilizando o método de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), exame que identifica os compostos presentes numa mistura e determina a pureza das substâncias contidas nestas drogas de abuso.

“Sempre que ocorrem essas grandes apreensões de drogas, por conta do risco que o deslocamento desse material apresenta, uma equipe de peritos criminais desloca-se até o local de armazenamento para que seja mais seguro. É um trabalho integrado da Polícia Científica com os outros órgãos da segurança pública para que o serviço seja prestado de maneira mais ágil e segura”, afirmou o perito criminal Mário Guzzo, responsável pela Gerência de Inteligência Forense da PCP.

Além disso, o laudo preliminar também será determinante para autuação dos seis suspeitos que foram detidos com o entorpecente.

"O exame pericial preliminar é importante para que se mantenha o flagrante da prisão dos suspeitos. É mais uma importante função do deslocamento pericial”, completou o perito criminal Mário Guzzo.

O trabalho pericial vai produzir o laudo definitivo em um prazo de, aproximadamente, 10 dias que serão encaminhados à Polícia Civil.

O delegado João Costa, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), informou que a Polícia Civil dará prosseguimento ao inquérito policial com o objetivo de identificar os demais integrantes do grupo criminoso, assim como se vai ser enquadrado no tráfico interestadual ou local. 

"Agora, o trabalho da Polícia Civil será realizado para ver a logística, de onde veio o material, assim como identificar o fornecedor e destinatário final dos entorpecentes, a fim de neutralizar e prender os integrantes dessa organização criminosa”, informou o delegado João Costa, da Denarc. 
 
Após a conclusão de todos os procedimentos e com autorização da justiça, as drogas apreendidas são incineradas.