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Hospital Ophir Loyola alerta para o câncer de pele com Campanha Dezembro Laranja

No mês dedicado à conscientização sobre a doença, a unidade chama a atenção para sintomas frequentes para suspeitas desse tipo de câncer

Por Leila Cruz (HOL)
27/12/2021 12h03

O clima paraense formado por altas temperaturas é um convite para idas aos balneários, praias e piscinas. Mas a exposição à radiação solar intensa e prolongada pode trazer danos ao maior órgão do corpo humano, a pele. A cada ano, cerca de 180 mil casos novos desse tipo de câncer são diagnosticados no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). É o tipo mais comum no país, um em cada quatro novos casos de câncer é de pele.

Em Belém, até novembro de 2021, no Hospital Ophir Loyola, Centro de Alta Complexidade em Oncologia Pará,  670 pacientes estavam em tratamento contra a doença, cujo principal fator de risco é a exposição solar excessiva, mas também pode ser ocasionada pelo contato com substâncias químicas, como arsênio e alcatrão e alterações na imunidade. Durante o ano de 2019, o hospital recebeu 260 casos novos, 209 em 2020 e 392 casos até o mês de novembro deste ano.

O câncer de pele ocorre devido ao crescimento anormal das células que compõem a pele. O tipo mais comum é o carcinoma basocelular, um tumor constituído de células basais, e o carcinoma espinocelular, que pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. Enquanto o mais agressivo e com alto potencial de produzir metástase, o melanoma, é detectado em apenas 4% dos pacientes, mas caso não seja diagnosticado de forma precoce, pode levar à morte.

A dermatologista Simone Carvalho informa que  a maioria dos pacientes assistidos no Ophir Loyola está acima dos 50 anos, possuem pele clara e trabalharam muitos anos expostos ao sol sem proteção adequada, a exemplo de agricultores e pescadores. Ela alerta que os cuidados com a pele são indispensáveis e devem ser contínuos, mesmo em dias nublados, e intensificados durante o verão.

“A prevenção deve iniciar bem cedo, sempre que nos expusermos à radiação solar. Os protetores solares devem ter fator de proteção no mínimo acima de 30, com reaplicação a cada duas horas. Também deve-se evitar a exposição solar prolongada, principalmente entre 10h e 16h. Nesse período a incidência dos raios solares é mais intensa sendo, portanto, mais prejudicial à pele. O uso de vestimentas com proteção UV é importante, como camisas, chapéus e óculos de sol, mesmo em dias nublados”, orienta.

Carvalho também chama atenção para os principais indícios de alerta. “Sinais de nascença que se modificam com o passar dos anos, pintas  que aumentam de tamanho rapidamente, a presença de ferimento e descamação com dificuldade de cicatrização e  mudança de cor em sinais já existentes são sintomas mais frequentes para suspeita de câncer de pele”, afirma.

O diagnóstico é feito pelo exame dermatológico da lesão complementado e confirmado pela biópsia com histopatológico. O Hospital oferece tratamento de acordo com o acometimento e tipo de lesão  dos pacientes, são utilizados desde quimioterápicos de uso tópico, uma técnica terapêutica que consiste na aplicação de frio no local chamada de crioterapia, cirurgia para a retirada do tumor e o acompanhamento clínico .

“Este mês de dezembro é dedicado a alertar e conscientizar a população sobre a necessidade de estarmos atentos a esses sinais. Caso alguma alteração suspeita seja percebida, recomenda-se procurar um dermatologista. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor a resposta aos tratamentos propostos para cada caso, evitando mutilações, complicações e até reduzindo o risco de mortes por esta patologia”, disse  a especialista.