Mais de 76 mil postos de trabalho formais são gerados no Pará em 2021
A mudança de cenário resulta principalmente do avanço da vacinação contra a Covid-19 e de políticas públicas de fomento ao mercado de trabalho
Operários nas obras de construção da ponte sobre o Rio Meruu, em Igarapé-MiriUm estudo divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou recorde na geração de postos de trabalho no Pará neste ano. De janeiro a novembro de 2021, foram gerados mais de 76 mil postos de trabalho. Só no primeiro semestre (janeiro a junho), o Estado registrou mais de nove mil postos de trabalho no setor comercial. Em novembro, esse número chegou a seis mil empregos.Em Belém, avançam as obras na Rodovia do Tapanã
Puxado pelos setores de serviço e comércio, os resultados obtidos pelo Pará são os maiores verificados entre os demais estados da Região Norte. A pesquisa realizada pelo Dieese é divulgada a cada mês, elaborada em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), com base em informações do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Retomada econômica - O avanço da vacinação contra a Covid-19 no Pará e a eficiência da logística de entrega das doses de imunizantes pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) contribuíram não apenas para a saúde da população, mas também para a retomada da economia. Mesmo com os impactos da pandemia, a vacinação chegando a todos os municípios permitiu que o cenário econômico no Pará retomasse o crescimento.
Em suas redes sociais, nesta quinta-feira (23), o governador Helder Barbalho ressaltou a importância desse protagonismo do Pará na região em uma área tão essencial, como a geração de postos de trabalho, e reafirmou o compromisso do governo do Estado em continuar contribuindo para o crescimento da economia.
“Os resultados são os maiores entre os demais estados da Região Norte, com destaque para o setor de serviços. São números que reafirmam o compromisso do Governo do Pará com a retomada da economia. Além disso, o avanço da vacinação tem permitido que o cenário econômico cresça, cada vez mais”, reiterou Helder Barbalho.
O carpinteiro Evandro Ferreira, 38 anos, saiu do município de Moju, na Região de Integração Tocantins, para trabalhar em obra, garantindo o sustento da família. “Eu vim aqui a primeira vez e gostaram do meu serviço. Estou até hoje, pois a ponte é de concreto, mas precisa de muita madeira durante a obra. Eu fico muito feliz de ter a oportunidade da construtora confiar no meu trabalho, e só tenho que agradecer a Deus. Daqui pra frente, mais trabalho”, diz o carpinteiro, que integra a força de trabalho que está construindo a ponte em concreto sobre o Rio Meruu, no município de Igarapé-Miri, na mesma região. A obra integra o pacote de investimentos do governo estadual na infraestrutura de transporte.Obras do Estado na Avenida Padre Bruno Sechi mobilizam dezenas de profissionais
Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo cresceram 1,9% de maio para junho de 2021 no Pará, chegando ao terceiro mês de aumento consecutivo no setor. A pesquisa do IBGE produz indicadores que permitem acompanhar a evolução do comércio varejista. Entre as 27 unidades da Federação, o Pará teve o terceiro melhor desempenho, ficando abaixo apenas do Ceará (2,5%) e do Espírito Santo (2,2%). A partir desse resultado, o Estado acumula alta de 17,4% nos últimos 12 meses, ocupando a terceira melhor posição também nesse indicador.
Políticas públicas - O secretário de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Inocencio Gasparim, garante que o processo de retomada econômica ganha celeridade, devido a uma série de políticas voltadas ao fomento e fortalecimento da economia, fazendo com que o Pará norteie a geração de emprego, renda e desenvolvimento. "Desde o início da pandemia, o plano de retomada da economia implantado pelo governo do Estado foi mantido com bastante cautela, cuidando principalmente da saúde do povo. Com a aplicação da vacina, nós alcançamos resultados extremamente positivos, entre eles o primeiro lugar no ranking de geração de empregos entre os estados da Região Norte. Por outro lado, o incentivo às atividades produtivas, com a redução de 90% de ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) para as empresas de transformação, provém recursos à economia, com auxílios e benefícios, e movimenta o comércio e o serviço e, consequentemente, potencializa a contratação de trabalhadores”, explica o secretário.
Ainda segundo Inocencio Gasparim, “temos fechado muitas parcerias, em especial com as federações comerciais. Este ano reunimos com a Associação Paraense dos Supermercados (Aspas) e oficializamos a adesão da Associação ao Programa Primeiro Ofício, iniciativa que viabiliza a inserção de jovens, em situação de vulnerabilidade, no mercado de trabalho. Tudo isso é fruto da soma de esforços que a gestão tem assumido frente à geração de emprego e renda, com o olhar atento e voltado a quem mais precisa".Governador Helder Barbalho em ato que incentiva a inclusão do jovem aprendiz no mercado de trabalho
Primeiro ofício - O Programa Primeiro Ofício é uma iniciativa do Governo do Pará que garante oportunidades de aprendizagem para jovens de 14 a 24 anos em situação de vulnerabilidade social. Além de promover a inclusão social e diminuir os índices de violência, a iniciativa garante cidadania e a execução da Lei de Aprendizagem (Lei 10.097/2000), a qual determina que empresas de médio e grande porte preencham a cota de aprendizes fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, de acordo com o total de empregados.
Um estudo divulgado recentemente pelo Dieese aponta que, entre janeiro e outubro de 2021, foram contratados aproximadamente 8 mil jovens aprendizes em todo o Pará. As contratações se destacam nos setores do comércio, serviço e indústria, dando ao Pará a liderança nessa área entre os demais estados do Norte do País.
Por meio da Seaster, o Estado mantém o Programa Primeiro Ofício e sensibiliza empresas que usufruem de algum tipo de benefício fiscal a dedicar vagas ao Programa Jovem Aprendiz a pessoas que estejam em situação de vulnerabilidade. O programa já inseriu aproximadamente 1.300 jovens em vagas de aprendizagem e certificou 40 empresas com o selo “Empresa Cidadã”.
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