Última feira da agricultura familiar do ano recebe total aprovação do consumidor
Organizada pela Coordenadoria de Educação Ambiental da Semas a iniciativa fomenta a agroecologia e o desenvolvimento rural sustentável
Em Belém, moradora aproveita a Feira da Agaricultura Familiar, articulada pela Semas, e leva para casa camarão frescoIncentivar o consumo de produtos agroecológicos – sem uso de pesticidas - e gerar renda a pequenos produtores rurais estão entre as finalidades da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) ao promover a 9ª feira da Agricultura Familiar, em 2001, e a última deste ano. A ação é organizada pela Coordenadoria de Educação Ambiental e faz parte do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar do Pará (Peaaf), que fomenta a agroecologia e o desenvolvimento rural sustentável.
A pedagoga e integrante da equipe organizadora, Izabele Carvalho, disse que nas nove edições deste ano, a feira foi muito bem recebida pelos servidores da Semas e pela comunidade do bairro do Marco. “Atingimos o objetivo de fortalecer a produção e venda do pequeno produtor e o público teve possibilidade da aquisição de produtos saudáveis, sem intermediários”, avalia.
O Instituto Alachaster recolheu material reciclável, entregues voluntariamente por moradores da vizinhança, com predominância na arrecadação de papel, plástico, vidro e metal.
Da comunidade quilombola de Boa Vista do Itá, no município de Santa Isabel do Pará, no nordeste do estado, o casal de agricultores familiares, Adelson dos Santos e Cléa Gomes, participaram de todas as feiras realizadas em 2021. Eles trouxeram para vender aos fregueses, mamão, pitaya, banana, biribá, pupunha, verduras e derivados da mandioca: goma, tucupi e farinha. “A feira foi muito positiva pra gente e agradecemos à Semas o apoio dado, trazendo os agricultores para vender direto aos consumidores”, reconhece o casal.
Atuante na catação, produção e venda de mariscos, incluindo embalamento, Vitória Duarte oferece camarão pré-cozido, peixe e caranguejo trazidos da Vila do Treme, no município de Bragança, também do nordeste paraense. “Participamos de todas as feiras, o retorno é muito bom com a divulgação dos produtos e financeiramente também é muito interessante pra nós”, declara.
“Comprei mel e farinha para fazer farofa. Gosto muito da feira, acho muito bom poder adquirir produtos orgânicos, tenho preferência pela qualidade oferecida pelos produtores aqui na frente da Semas”, resume o geólogo Lucas Magalhães.
A enfermeira, moradora do bairro do Guamá, Dayse Aires, comprou frutas e verduras. “Na outra vez que passei aqui, vi a feira e parei para comprar mel, própolis e remédios naturais. Adorei e voltei hoje. Incentivar os produtores e consumir bons produtos é bom para a saúde”, conclui a cliente.
Hélvio Fonseca, colocou à venda uma produção à base de lacticínios – queijo, manteiga, coalhada -, mel e própolis do apiário e ovos da granja, todos da Fazenda Rosana, do município de Mãe do Rio, nordeste do Pará. “Este ano, apesar da pandemia, considero bom o resultado alcançado nas feiras realizadas este ano. A agricultura familiar saiu da mão do atravessador, a gente ganha um pouco mais e o consumidor gasta menos”, calcula.
A servidora da Semas, Sílvia Raiol, com as compras feitas, declarou que “os produtos são mais confiáveis quando produzidos sem agrotóxicos, diferenciado, e vindo diretamente do produtor”.