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ARTE PERIFÉRICA

Festival Psica inicia com programação cultural gratuita em bairros do TerPaz

O evento inclui oficinas, debates e shows de artistas nacionais, como Elza Soares, Chico César e Karol Conká

Por Governo do Pará (SECOM)
14/12/2021 23h34

O Festival Psica começou nesta terça-feira (14), com programação cultural gratuita voltada para jovens dos bairros do Guamá e Jurunas, que fazem parte do Programa Territórios pela Paz (TerPaz). Até quinta-feira (16), a ação intitulada "Motins - ImaginAções kbanas, o Norte é nosso Norte" envolverá debates e oficinas com temáticas sobre arte, música e produção cultural. A iniciativa é uma contrapartida do projeto premiado em edital da Lei Aldir Blanc, realizado pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

A ação abre oficialmente o Festival, que será realizado de 17 a 19 de dezembro, com a participação de artistas nacionais, como Elza Soares, Chico César e Karol Conká. O primeiro dia de apresentações com acesso gratuito tem apoio da Secult.Debates sobre música, arte e produção cultural contam com a participação de jovens dos bairros do TerPaz

Os shows de sexta-feira (17) serão no píer do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, no centro histórico de Belém, onde será montado o palco Tatuoca. A organização do evento vai controlar a lotação máxima indicada pelo Corpo de Bombeiros Militar, com previsão de rodízio de público, caso necessário. Também será exigido o uso de máscaras e apresentação do comprovante de vacinação completo (duas doses).

Gestão de carreira - Na manhã desta terça-feira (14), foi realizada no espaço do Gueto Hub, no bairro do Jurunas, a mesa “Decolonialidade: Onde estão os corpos pretos na fotografia e nas artes visuais?”, com mediação de Nay Jinknss e Tuyuka Lara, e participação de Moara Tupinambá, Isabela Chaves e Mauro Joaquim. Já no Espaço Cultural Nossa Biblioteca, no Guamá, o jornalista e produtor cultural Gustavo Aguiar foi o facilitador da oficina “Artista Pro: ferramentas para gestão de carreiras na arte”. 

“Eu me conecto muito com a filosofia da Psica Produções, que é a de encurtar caminhos para quem é periférico, preto, LGBTQIA+, indígena, para quem tem menos acesso à formação para trabalhar com arte e cultura. Fico muito feliz de estar formando uma turma de profissionais que vão produzir uma nova geração de artistas. Eu vejo que o que o Psica está semeando agora, para esses artistas periféricos e pretos, vai fazer muito sentido daqui a alguns anos, e assim a gente vai ter uma virada de chave muito interessante nesse cenário”, disse Gustavo Aguiar.

A auxiliar financeira Josiane Vieira de Matos, moradora do bairro do Guamá, aproveitou a oportunidade para participar da oficina e se profissionalizar. “Além do tema da oficina e da admiração pelo facilitador Gustavo Aguiar, o que mais me motivou foi o fato de ser realizada no meu bairro, acessível, inclusiva e que impulsiona a juventude local a trabalhar suas potências artísticas. Foi uma experiência superenriquecedora, apesar de eu ainda não trabalhar diretamente com a arte, mas sempre estou envolvida no meio artístico”, contou.

A opinião foi compartilhada pelo cantor e agente cultural Williams Reis, que buscou aprimorar os conhecimentos sobre mercado cultural e aprender estratégias que auxiliem o engajamento do seu trabalho. “É muito importante ter esse tipo de oficina disponível para nós, artistas independentes e periféricos, que estão buscando sucesso nos trabalhos. Gestão de carreira é a informação a que todos nós devemos ter acesso, para saber o que estamos fazendo, para quem estamos fazendo, e ter uma direção melhor do que queremos. Eu posso usar esse conhecimento para cuidar da minha própria carreira de artista e auxiliar aqueles que estão começando agora, levando a informação necessária para ajudar”, ressaltou Williams Reis.Capacitação para moradores do Jurunas e do Guamá faz parte da programação do Festival

Debates - As ações nos bairros prosseguiram à tarde, com as mesas “Territorialidade: Representações da periferia na fotografia e nas artes visuais como instrumento de construção do lugar”, “Desafios da comunicação periférica” e “Corpos ambientalmente vulneráveis: Realidade negligenciada e a luta pela justiça climática”. Nos próximos dias, serão realizadas outras oficinas e mesas de debate.

“O Psica é um Festival que traz na sua identidade o pulso cultural fortíssimo e riquíssimo da periferia. É um projeto que já se consolidou como espaço de discussão do território através da arte, além de ser um vórtice fomentador de potências dos coletivos de juventude. E o governo tem como missão valorizar, apoiar e dar escala pra essas iniciativas poderosas de transformação social. A usina de talentos culturais mais resistente e inovadora está na periferia!”, afirmou a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal.

Programação

Quarta-feira - 15/12
09 h – 12 h: Oficina Teórica de Fotografia
15 h – 18 h: Oficina Prática de Fotografia
Local: Gueto Hub

14 h – 18 h: Oficina de Compostagem em vaso
Local: Lab Cidade

Quinta-feira - 16/12
15 h – 18 h: Oficina de Lambe 
Local: Gueto Hub

09 h – 12 h / 14 h – 17 h: Oficina Roteiro para videoclipes: narrativas a partir da periferia
Local: Espaço Cultural Nossa Biblioteca

16 h – 18 h: Debate Norte e Nordeste – Conexões criativas nas periferias do topo do mapa
Local: Lab Cidade

Texto: Thaís Siqueira – Ascom/Secult