Grande movimento e democratização da leitura marcam 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro
Evento registra intensa frequência de visitantes e segue até 21h, deste domingo (5), na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, em Belém
Adolescente se diverte na 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, no Mangueirinho, em Belém O movimento de visitantes dos quatro primeiros dias da 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes foi uma surpresa para a produtora cultural e dona do Sebo Chibé Literário, Tayna Silva. O sebo Chibé iniciou os trabalhos na Feira, dividindo o estande com o sebo Gueto Castanhal, que também participa pela primeira vez da programação.
"Nosso sebo nasceu aqui na Feira, esse espaço tão significativo para gente. Chegamos cheios de expectativas e elas foram totalmente superadas, então este último dia vem trazendo esperança para que a gente continue nosso trabalho após o evento e mostrando que, a democratização do livro é nossa missão e que nós realizamos isso durante os dias de Feira".
Carlos Jean Pinheiro, de 16 anos, foi à Feira acompanhado do tio, Alex Pinheiro, e concordou com a vendedora quanto à importância da democratização da leitura e o papel da Feira do Livro nesta missão. "Por enquanto escolhi dois livros clássicos, com preços muito bons. Acho a Feira do Livro uma oportunidade legal para encontrar esses materiais com mais facilidade, especialmente, para mim, que farei vestibular ano que vem", destacou o adolescente que levou para casa os livros 1984, de George Orwell, e A arte da Guerra, de Sun Tzu.
Movimeno na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho As expectativas de vendas para este domingo (5) são altas e, pela manhã, já era perceptível o intenso movimento de consumidores entre os estandes. "Esperamos que até o final do dia a movimentação continue bem forte, como foi nos últimos dias, e essa iniciativa do Governo de incentivo à leitura é necessária", finalizou Tayna, enquanto atendia ao público interessado nas obras usadas.
A Feira deste ano trouxe 36 estandes de livrarias, sebos e editoras locais. Diferente de outras edições, a organização não cobrou o aluguel dos espaços, mas em contrapartida pediu um percentual de livros de cada selecionado para que fossem doados a escolas e bibliotecas públicas da região.
Evento tem 36 estandes de livrarias, sebos e editoras locais e não cobrou o aluguel dos espaços, e sim um percentual de livros às escolas
O empreendedor ainda se emocionou ao falar sobre a retomada da Feira do Livro, um evento tão esperado. "Ficamos felizes por ver que os clientes estavam sedentos pelos livros, lançamentos e por este momento tão especial. Estávamos de portas fechadas desde o início da pandemia, sem saber como seria essa retomada e ontem o movimento superou nossa expectativa de vendas. Já imaginamos que este último dia será da mesma forma", disse.
Menina concentrada na leitura na Feira Pan-Amazonônica do Livro
A autônoma Graça Gomes também comemorou o retorno da programação. "Sempre espero pela Feira e fiquei muito feliz em poder participar presencialmente novamente este ano, com todos os cuidados sendo requeridos, isso dá uma segurança para nós", afirma. Graça também ressaltou a importância da programação seguir durante o final de semana. "Nem sempre conseguimos um tempo durante a semana, é bom saber que temos o sábado e o domingo para participar".
Público na Arena Guilherme Paraense, o MangueirinhoJá no palco da arena Multivozes, a manhã deste domingo foi marcada por teatro com bonecos, contação de histórias e o espetáculo "O menino que sonhava ler o mundo", em comemoração ao centenário do educador e filósofo brasileiro, Paulo Freire. Iniciativas voltadas para o público infantil e que também contaram com a interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), garantindo a inclusão.
Com 57 anos, Maria Lessilda participou pela primeira vez na vida da Feira do Livro neste domingo, trazendo os sobrinhos netos para os espetáculos. "Os dois vieram de Oeiras do Pará para participar da Feira e esse ambiente é muito bom pra educação deles, minha filha comprou os livros que eles escolheram e eles estão amando as apresentações", conta a dona de casa, que garante que quer participar das próximas edições.
SERVIÇO
A 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes segue até 21h deste domingo (05), na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho, na avenida Augusto Montenegro, em Belém.
