Profissionais participam de workshop para aprimorar atendimento a vitimas de violência sexual
A iniciativa é fruto da parceria entre a Segup e a 1ª Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém
Melhor atender, sem revitimizar: esse é um dos objetivos do 1º Workshop do projeto “Minha Escola, meu Refúgio” para os agentes que compõem o Sistema Integrado de Segurança Pública e Defesa Social (SIEDS), Conselheiros Tutelares e profissionais da educação para que possam identificar e melhor atender as vítimas e familiares de violência sexual.
A capacitação ocorrerá nesta sexta-feira (26), os horários da manhã e da tarde no auditório Ismael Nery, no Centur, em Belém, e também de forma hibrida no youtube da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Para se inscrever basta acessar o site.
O período da manhã, de 9 às 12h, é dedicado aos profissionais de segurança pública do SIEDS, a exemplo de policiais civis que atuam Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), bombeiros militares, além de conselheiros tutelares. No horário da tarde, de 14h às 18h, a capacitação é voltada para os atendentes do Disque Denúncia, Centro Integrado de Operações (Ciop) e profissionais de educação. O 1º workshop ocorre, especialmente, para os grupos que atuam no Territórios pela Paz, na Capital.
De acordo com o titular da Diretoria de Prevenção Social da Violência e da Criminalidade (Diprev), Coronel Helton Moraes, é necessário tornar os profissionais que atuam nas escolas aptos a identificarem quando uma criança vem sofrendo violência sexual, como o projeto já faz, mas também ter um olhar na forma como a vítima será atendida. Daí a importância da capacitação dos agentes responsáveis por este acolhimento.
“Tendo um olhar para o Sistema de Segurança Pública, faz-se necessário tanto para quem atua nas ruas, quanto para aos que exercem o poder de polícia judiciária, e ainda quem recebe as informações pelos canais de denúncia ou no Ciop 190 ter uma forma técnica para atuar em situações especificas como uma vitima de violência sexual para, principalmente, não fazer com que ocorra a revitimização. É necessário conhecer como se deve abordar e atuar diante de uma situação como esta. E é isto que a parceria para a realização do workshop propõe”, afirmou o coronel.
"Minha Escola, Meu Refúgio"
O projeto, idealizado pela 1ª. Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém possui foco nas escolas com o principal objetivo levar aos educadores e profissionais da educação, instruções técnicas de sinais que abuso sexual vem sendo praticado contra os estudantes, já que as instituições de ensino são consideradas a segunda casa de crianças e adolescentes, bem como instruções básicas de quais são os meios de denúncia, onde o trabalho da segurança pública torna-se evidente não só no sentido repressivo, quanto em maior relevância no sentido preventivo.
A iniciativa, que tem total embasamento jurídico no ECA, foi criada em maio de 2014, alcançou 63 escolas em Belém, incluindo os distritos, além de 246 escolas da área rural e cinco escolas da área urbana do município de Breves, chegando a 314 escolas e mais de 1.820 educadores. O projeto já vem capacitando ao longo destes quase 10 anos de existência centenas de educadores, não somente na Região Metropolitana como já se fez presente na 8ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP).
Canais
Qualquer pessoa que for vítima ou souber que alguém esteja sofrendo ou praticando violência sexual de crianças e adolescentes pode informar ao Disque Denúncia ligando para o número 181 ou mandando mensagens (foto, vídeo, localização e/ou áudio) para o whatsapp (91) 98115-9181. Podem ainda acessar o formulário e chatbot disponíveis no site dos órgãos de segurança pública do Estado. O sigilo e o anonimato são garantidos em todos os canais.