COP26: Pará reforça compromissos dos governos estaduais com as ações sustentáveis
Nesta terça, 9, Helder Barbalho, que representa o Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal, participou das discussões sobre metas para redução de carbono
O governador Helder Barbalho preside o Consórcio dos Governadores pela Amazônia Legal na COP26 em Glasgow, na Escócia O evento Governadores pelo Clima: estados brasileiros liderando a implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), organizado pelo Centro Brasil no Clima no Pavilhão do Euroclima, na COP26, contou com a participação do governador do Pará, Helder Barbalho, nesta terça-feira (09). O debate abordou a realidade das agendas climáticas e de desenvolvimento econômico verde já existentes em diferentes estados brasileiros, destacando desafios e oportunidades para parcerias no desenvolvimento verde e no financiamento climático que possam acelerar a transição rumo à neutralidade de carbono no Brasil.
Na primeira semana, governadores brasileiros fizeram o lançamento oficial do Consórcio Brasil Verde, iniciativa do movimento Governadores pelo Clima. Ao todo, 22 entes federados formam o Consórcio Brasil Verde: Alagoas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
O governador paraense abordou a importância da união dos Governos dos Estados para a redução das emissões de carbono, reforçando o protagonismo desses entes no auxílio ao País para que se atinja as suas metas. “Conter o desmatamento não é o suficiente, temos que trabalhar para regenerar as áreas já antropizadas, e é com este desafio que o Pará e os estados da Amazônia se somam aos demais estados do Brasil para dizer que estamos trabalhamos unidos por esta causa”, ressaltou.
No ano passado, o desmatamento no estado do Pará foi de cerca de 5.000 km². A meta do Governo do Estado é de reduzir a 1/5 em 2030, e, em 2035, chegar a 1.392 km². Em paralelo, o Pará busca uma restauração de 5,6 milhões de hectares, em 2030, e, mais de 7,4 milhões de hectares, em 2035, e prevê cumprir alcançar o Net Zero até 2050.
Ainda como presidente do Consórcio dos Governadores pela Amazônia Legal na COP, Helder ressaltou a missão de reafirmar ao planeta o compromisso dos estados da Amazônia para com esta agenda e debater a necessidade da construção de caminhos para harmonizar o maior ativo de florestal tropical do mundo com a população que vive nele.
“Os estados brasileiros têm mostrado compromissos com a redução de gases de efeito estufa, e que possamos ser mais ousados na entrega do equilíbrio e da descarbonização das nossas atividades. Para isto, é fundamental que possamos compreender uma relação direta de que este novo modelo de desenvolvimento de baixo carbono possa ser instituído, e que a bioeconomia seja um passo de consolidação de todas as oportunidades através da pesquisa, inovação e do conhecimento tradicional”, observou o governador Helder Barbalho, na COP26.
O Governo do Pará lidera a construção de um Plano Estadual de Bioeconomia como um processo de desenvolvimento social, econômico e ambiental. E está na COP 26, como o primeiro estado brasileiro a ter uma estratégia estadual de bioeconomia.
Participaram do evento, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, Governador do Piauí, Wellington Dias, Carlos Moisés, Governador de Santa Catarina, Josiane Ferreira, Secretária de Meio Ambiente do estado do Amapá, Jaime Verruck, Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Mato Grosso do Sul, Eduardo Trani, Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo e Sarney Filho, Secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal.
