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OUTUBRO ROSA

Hospital Abelardo Santos terá uma semana de programação voltada ao combate de câncer de mama

Mensalmente, unidade disponibiliza 600 exames de mamografia e 300 consultas de mastologia para rede de regulação estadual

Por Governo do Pará (SECOM)
21/10/2021 14h51

Com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama, durante uma semana, profissionais do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos - HRAS, em Icoaraci, distrito de Belém, estarão engajados em uma mobilização que deve atingir colaboradores, pacientes, usuários, estudantes e acompanhantes. A ação do Outubro Rosa, ocorre a partir desta quinta-feira (21), e segue até o dia 27 de outubro.

Ao longo desse período, serão realizadas gincanas, palestras, entrega de materiais informativos e orientações individualizadas sobre a importância de um rastreamento precoce para o combate à doença precocemente. Para o encerramento, está programado um grande evento com a participação da Coordenadora estadual de Oncologia do Pará.

A campanha interna está no rol da programação da Secretaria Estadual de Saúde Pública- Sespa, que tem como tema: ‘Autocuidado: todos juntos pela conscientização do câncer de mama’. “O Abelardo Santos vem acompanhando os projetos da Sespa, como forma de fortalecer a assistência à saúde e a qualidade de vida dos paraenses. Nesta campanha específica do Outubro Rosa, estamos sensibilizando toda nossa sociedade hospitalar, sobretudo, a população feminina, quanto aos exames de prevenção e rastreio dessas neoplasias malignas de forma precoce”, explicou Marcos Silveira, diretor executivo do Abelardo Santos. 

Durante a semana, todos os setores da unidade, estarão focados na abordagem do tema para encorajar mulheres a realizarem seus exames, visto que nos estágios iniciais, a doença é assintomática. “Por mês, o Abelardo Santos disponibiliza 300 consultas com a mastologia e 600 exames de mamografias. A demanda é através da Rede Estadual de Regulação. Neste mês, a ideia é de que a enfermagem, o serviço social, o ambulatório, a humanização, os médicos, a equipe multiprofissional, o Serviço de Atendimento ao Usuário e o Departamento de Ensino e Pesquisa (DEP) se juntem pela causa”, detalhou a supervisora do ambulatório, Arlene Pessoa.  

Incidência - Segundo dados da Sespa, no Pará, o câncer de mama tem registrado ligeira queda: em 2019, foram 677 casos e desceu para 646 ocorrências em 2020. Neste ano, até o momento, já são 299 casos. Por faixas etárias, a incidência da doença tem sido maior entre mulheres de 50 a 59 anos (28%), seguidas por 40 a 49 anos (27%) e 60 a 69 anos (21%), levando em conta os casos ocorridos entre 2019 e 2020. 

A secretaria ainda aponta que, em relação à mortalidade, 315 mulheres foram a óbito em 2019, seguidas de mais 330 no ano passado. Em 2021, 216 já perderam a vida para a doença. “No Estado, o SUS disponibiliza 27 serviços de mamografia em todas as regiões de saúde. Mas, a principal problemática continua sendo a dificuldade do acesso às localidades”, destacou Patrícia Martins, coordenadora estadual de Oncologia da Sespa. Para Patrícia, o momento de pandemia é também outro desafio, já que o receio do contágio da covid-19 afastou muitas mulheres das consultas e das medidas de prevenção contra o câncer de mama.

Alerta - Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% dos tumores de mama são descobertos pelas próprias mulheres. A recomendação é que cada uma conheça detalhadamente as suas mamas, o que facilita a percepção de qualquer alteração. “A mulher deve começar seus exames de rastreamento, a partir dos 40 anos de idade, se não tiver histórico familiar. Caso ela tenha, essa idade reduz, conforme a avaliação e a indicação do seu mastologista. O câncer de mama tem cura, principalmente, com ele é detectado precocemente, ela é de 95%”, observou a mastologista do Abelardo Santos, Mary Helly Valente.

Outubro Rosa é uma mobilização nacional e anual que visa à disseminação de dados preventivos e ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico e o suporte emocional, garantindo um tratamento de qualidade.

Texto: Roberta Paraense (Ascom/HRAS)