Centro Integrado de Reabilitação mostra evolução de usuários na Feira da Cultura
A segunda edição do evento, que reúne os resultados do trabalho desenvolvido com os pacientes, já está marcada para dezembro
O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, por meio do Setor de Arte e Cultura, promoveu nesta segunda-feira (04) sua I Feira da Cultura. O evento reuniu principalmente usuários, acompanhantes e funcionários do CIIR, mas foi aberto ao público externo.
De acordo com o coordenador do Setor de Arte e Cultura do CIIR, Paulo Ricardo do Nascimento, responsável pela programação, a ideia de realizar a feira surgiu de uma proposta dos professores de Artes, para aproveitar o período de final de trimestre e apresentar os resultados dos alunos de uma forma diferente, em que o público interno e externo pudesse assistir à programação.
CIIR abrigou programação da FeiraPara o coordenador, "a Feira da Cultura é importante para compartilhar os resultados dos usuários com deficiência nas atividades realizadas nas diversas oficinas, como de música, dança e teatro, entre outras, e também para mostrar os serviços disponíveis em um novo formato, já que antes as apresentações ocorriam no auditório do Centro de Reabilitação, para um número restrito de pessoas.
Esta foi primeira edição da feira, mas segundo Paulo Nascimento já está prevista a próxima edição, para dezembro deste ano. "Geralmente, os ciclos que têm mais resultados são o segundo e o quarto. Ou seja: no final de cada semestre, sempre temos resultados mais robustos. A próxima edição da Feira Cultural do CIIR será em dezembro, e iremos utilizar as experiências da primeira para aperfeiçoar a segunda", ressaltou.
Além dos resultados dos alunos, na Feira da Cultura houve oficinas; exposição dos resultados da Biblioteca e dos recreadores; mostras artísticas, de fotografia e poesia; apresentações musicais e aulas abertas de dança.
Recuperação
Para o usuário do CIIR desde 2018, Valdo Silva, 51 anos, aluno de dança, percussão e teatro, a equipe do Setor de Arte e Cultura o capacitou para que voltasse a realizar atividades simples, como falar e andar, após graves sequelas de um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC).
"Cheguei há três anos no CIIR de cadeira de rodas, sem andar e sem falar, e a equipe me capacitou pra eu estar hoje aqui falando, cantando e dançado. Eu agradeço a Deus, pois um anjo me enviou até aqui, onde eu recebi atendimentos da equipe multidisciplinar e outros milagres, como falar e andar, além de eu já ter recebido um anterior, que foi sobreviver à cirurgia. Agradeço primeiro a Deus e a todos do CIIR. Todos me ajudaram muito", disse o usuário.
Texto: Joelza Silva – Ascom/CIIR