Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) lança a Campanha 'Outubro Rosa'
Lançada nesta sexta-feira (1º), por meio de webinário realizado pela Sespa, a campanha foca no diagnóstico precoce do câncer de mama
Conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama e incentivar a procura por atendimento médico. Este é o foco da campanha Outubro Rosa, evento comemorado em todo o mundo para lembrar a luta contra a doença.
No Pará, a campanha foi lançada nesta sexta-feira (1º), por meio de webinário realizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e transmitido pela internet pelo canal de transmissões do Youtube do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Pará (Cosems).
No decorrer do mês, a mobilização em torno da campanha deve mobilizar outros órgãos públicos e entidades representativas de defesa dos direitos da mulher. O objetivo é intensificar as informações sobre o acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento, visando à redução da mortalidade pela doença.
“A ideia é sempre sensibilizar a população feminina sobre a importância dos exames de prevenção e rastreio dessas neoplasias malignas, pois, quanto mais cedo o câncer é descoberto, maiores são as chances de cura”, destacou a diretora técnica da Sespa, Carla Figueiredo, durante a abertura do webinário.
No Pará, o câncer de mama tem registrado ligeira queda: em 2019, foram 677 casos e desceu para 646 ocorrências em 2020. Neste ano, até o momento, já são 299 casos. Por faixas etárias, a incidência da doença tem sido maior entre mulheres de 50 a 59 anos (28%), seguidas por 40 a 49 anos (27%) e 60 a 69 anos (21%), levando em conta os casos ocorridos entre 2019 e 2020.
Em relação à mortalidade, 315 mulheres foram óbito em 2019, seguidas de mais 330 no ano passado. Em 2021, 216 já perderam a vida para a doença. “O momento é de muito desafio para a saúde pública, já que a pandemia afastou muitas mulheres das consultas e das medidas da prevenção contra o câncer de mama”, relata Patrícia Martins, coordenadora estadual de Oncologia da Sespa.
Mesmo com pandemia, os procedimentos para mama prosseguiram no Pará, segundo apontou Patrícia, ao citar quantitativos que compõem as estatísticas da Sespa, realizados entre janeiro de 2019 a setembro deste ano. Entre os quais, estão as 1.951 biópsias com exérese de nódulo de mama; 6.345 mamografias e 69.882 mamografias bilaterais para rastreamento. Uma novidade implantada pelo Estado foi o serviço de biópsia da mama a vácuo guiada por estereotaxia, a mamotomia, que já examinou 136 mulheres de setembro de 2020 a agosto de 2021.
De acordo com a coordenadora, a mamografia de rastreamento é destinada a mulheres sem sinais e sintomas, prioritariamente na faixa etária de 50 a 69 anos e poderá, inclusive, ser solicitada por profissional de Enfermagem da Estratégia Saúde da Família (ESF) na Rede Básica de Saúde. No entanto, para as demais faixas etárias do sexo feminino e masculino, que apresentem sinais e sintomas, a solicitação deve ser feita por profissional médico.
Patrícia Martins ressaltou que o governo do Estado, por meio da Sespa, tem trabalhado para ampliar a quantidade e a qualidade dos serviços de diagnóstico mamário nas 13 Regiões de Saúde, ofertando a mamografia, consultas com mastologistas e biopsias mamárias. “Estamos melhorando o acesso das mulheres paraenses à mamografia para detectar precocemente a doença e reduzir a mortalidade por câncer de mama no Pará”, disse.
Para fazer o exame de prevenção ao câncer de mama no Pará, a mulher deve primeiramente procurar a Unidade de Saúde mais próxima de casa para que possa ser encaminhada, caso haja real necessidade, para um dos 29 serviços de referência em diagnóstico e tratamento de câncer de mama mantidos pelo SUS e/ou conveniados, espalhados em 22 municípios do Pará. Nesses locais, atrelados ao Estado e aos municípios, as mulheres contam com consulta com mastologista e possibilidade de fazer procedimentos, como a ultrassonografia mamária, mamografia e punção por agulha fina ou grossa.
Entre esses locais, no interior do Estado destacam-se os serviços implantados de diagnóstico no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém; no Hospital Regional do Marajó, em Breves; nos Hospitais Regionais de Altamira e de Marabá, no Hospital Regional de Paragominas e na região sudeste, no Hospital Regional de Tucuruí.
Para tratamento em alta complexidade de câncer de mama pelo SUS no Pará, o serviço é oferecido gratuitamente em Belém, no hospital Ophir Loyola e no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Na região Oeste do Estado, o serviço é oferecido pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém. Na região sudeste, o tratamento é disponibilizado pelo Hospital Regional de Tucuruí.
O movimento internacional “Outubro Rosa” ocorre todos os anos em vários países e tem como principal objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Em geral, as mulheres e homens vestem roupas e acessórios na cor rosa e monumentos públicos e turísticos são iluminados para abraçar a campanha.