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Seduc, Ministério Público e Unicef garantem estágio para alunos da rede estadual de ensino

Os dez estudantes selecionados receberam kits conectividade para auxiliar a aprendizagem por meio virtual

Por Governo do Pará (SECOM)
28/09/2021 22h17

Após um acordo firmado entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o Ministério Público do Pará (MPPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), dez alunos da rede pública estadual de ensino, residentes nos bairros atendidos pelo Programa Territórios Pela Paz (TerPaz), foram selecionados para estagiar no Ministério Público.

A iniciativa faz parte do Projeto “Educação entre Pares”, que busca fortalecer a prevenção e resposta à violência, a garantia de direitos humanos e temáticas relacionadas a uma educação que protege. Dez coordenadores pedagógicos ou professores vinculados à Seduc também vão participar desta ação, para garantir que os objetivos gerais da atividade sejam executados.

A cerimônia de acolhimento dos novos estagiários ocorreu nesta terça-feira (28), no auditório da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Belém, e contou com a presença da titular da Seduc, Elieth de Fátima Braga; do procurador-geral do MPPA, César Bechara Mattar; a responsável pelo Unicef no Brasil, Florence Bauer; a primeira-dama do Estado, Daniela Barbalho, e representantes de outras instituições.

Oportunidade - Aos 19 anos, esta será a primeira oportunidade no mercado de trabalho da aluna Viviana Moisés, que cursa a 2ª série do ensino médio na Escola Estadual Mário Barbosa, no bairro da Terra Firme, em Belém. A mais nova estagiária do MPPA não escondeu a emoção pela oportunidade, e ressaltou que vai aproveitar ao máximo.

Quem também agradeceu pela iniciativa foi Caroline Victoria Santos, aluna da 2ª série do ensino médio na Escola Estadual Cidade de Emaús, no bairro do Bengui, em Belém. “Nunca imaginei que estaria aqui. Tudo isso está sendo muito importante na minha vida, da minha família, além de ser uma chance fantástica para representar a minha escola e a comunidade em que moro”, disse a estudante.

Como requisito para ingressar no programa de estágio, os alunos terão de participar de oficinas, cursos e outros eventos com temáticas relacionadas aos direitos humanos, além de difundir estes conteúdos entre outros estudantes da rede pública estadual, no âmbito do Projeto “Educação entre Pares”.

Os estagiários também devem participar ativamente da formulação, execução e avaliação das políticas públicas voltadas à infância e juventude, além de acompanhar as ações de caráter social promovidas pelo MPPA.

Visão de futuro - “Hoje, é um momento muito feliz, pois nasce um grande projeto. Imagina a visão desses dez jovens daqui a seis meses, depois da convivência nesta que é uma das principais instituições democráticas deste País, que garante direitos aos cidadãos. Portanto, desfrutem desse momento tão fértil do conhecimento. Aproveitem a curiosidade para perguntar, aprender muita coisa boa e também levar diversos aprendizados para os seus colegas, na escola”, ressaltou a secretária Elieth de Fátima Braga.

O procurador-geral César Bechara Mattar afirmou que, ao ver os jovens estagiários, vislumbra como será a instituição no futuro. “É fato que todos já vivenciamos dificuldades, e vocês também enfrentarão várias adversidades pela frente. Meu conselho é que vocês tenham sempre um propósito; mantenham o foco, a determinação, e não desperdicem as oportunidades. Sejam muito bem-vindos ao MPPA, na certeza de que este é apenas um degrau na brilhante carreira que cada um de vocês desenvolverá”, disse César Mattar.

Inclusão digital - Durante a cerimônia, os dez estagiários receberam kits conectividade ofertados pelo Unicef e o Instituto Peabiru, em parceria com a Seduc. A iniciativa visa reduzir as desigualdades e a exclusão dos adolescentes, que não têm condições de acesso à internet ou de ter um aparelho que seja adequado às tecnologias atuais e à educação digital durante a pandemia de Covid-19.

“Os adolescentes que estão recebendo esses kits foram selecionados seguindo alguns critérios, dentre eles socioeconômicos e a constatação da vulnerabilidade social. Portanto, este incentivo é de grande importância para os estudantes que têm dificuldade no acesso à internet, que não possuem aparelhos tecnológicos modernos para dar continuidade aos estudos, principalmente neste contexto pandêmico”, enfatizou a articuladora social do Instituto Peabiru, Luana Kellen.

Os kits contêm um smartphone com cartão pré-pago para uso de internet durante cinco meses; um caderno; material de apoio; um Manual Antirracista, da escritora Djamila Ribeiro; um guia #QuemTaON?; uma garrafa de álcool e uma sacola-mochila. Os estudantes beneficiados serão incentivados a buscar conteúdos de aprendizagem pelas plataformas digitais, além de cursos de formação.

Texto: Vinícius Leal - Ascom/Seduc