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AGRICULTURA

Emater assiste produtores para obtenção de selo de qualidade da farinha de mandioca

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará orienta trabalhadores em Augusto Corrêa, no nordeste do Pará, para acesso ao Selo de Indicação Geográfica

Por Governo do Pará (SECOM)
27/09/2021 15h31

Com o objetivo de requerer o Selo de Indicação Geográfica da Farinha de Bragança, produtores da Comunidade Vila Verde, em Augusto Corrêa, nordeste paraense, estão qualificando o processo de fabricação da farinha de mandioca, com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) para adequação às normas da Portaria Nº 5314, da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). A concessão, conferida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), por meio da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares do Caeté (Coomac), é o reconhecimento do trabalho do agricultor, promovendo visibilidade e valorização ao produto, sob o ponto de vista cultural, histórico e de renda.Equipe da Emater conversa com produtores em Augusto Corrêa

Neste sentido, 15 produtores da Vila Verde, que fica distante 38 km da sede do município, participaram do curso de boas práticas de fabricação e manipulação higiênica na produção de farinha de mandioca, que ocorreu de 21 a 23 deste mês, ministrado pela veterinária da Emater, Karine Sarraf.

“Essa ação faz parte do fortalecimento das comunidades produtoras para que possam requerer o uso do Selo do IG da farinha de Bragança. Muitos produtores têm interesse em pedir a concessão deste selo, mas precisam se adequar às normas ambientais, fiscais e sanitárias, por exemplo, adequar toda a Unidade de Produção, ter embalagem padronizada com valor nutricional, e isso se reflete no valor agregado com o registro podendo até dobrar o preço do kilo a ser comercializado”, explicou o engenheiro agrônomo Waldemiro Rosa Júnior, supervisor do Regional da Emater, em Capanema. 

Com parte do acompanhamento técnico, a equipe do escritório local da Emater em Augusto Corrêa fará o diagnóstico da produção junto aos produtores capacitados, previsto para o mês de outubro.

“Essa orientação técnica da Emater é muito importante para nós, pois esse conhecimento repassado nos permite dar mais qualidade na produção da farinha, e se conseguirmos o uso do Selo, vamos poder conquistar novos mercados, com melhores preços”, disse o produtor Gerinaldo Silva Oliveira, um dos participantes da capacitação.

Há 30 anos, Gerinaldo se dedica, no sítio Três Lagoas, ao cultivo de frutíferas, como açaí, banana e laranja, e tem como principais rendas a produção de feijão-caupi e de farinha de mandioca. Por mês, em média, o agricultor familiar produz 8 mil kg de farinha, comercializados na feira de Bragança por preços entre R$ 3,50 e R$ 8,00.

*Texto de Paula Portilho (Emater).