Pará é o sétimo colocado geral nas Paralimpíadas Escolares
O Pará encerrou a sua participação nas Paralimpíadas Escolares 2017, que ocorreram em São Paulo, entre os dias 21 e 24 de novembro, em 7º lugar na classificação geral, à frente de Estados como Rio de Janeiro e Rio Grande Sul, respectivamente 8º e 9º colocados. O campeão, repetindo a posição conquistada nas duas últimas edições das Paralimpíadas, foi São Paulo, com 458 pontos acumulados, seguido de Santa Catarina, com 381 pontos, e Distrito Federal, com 379 pontos. O Pará obteve 204 pontos ao todo.
A pontuação acumulada é o critério adotado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) – organizador das Paralimpíadas – para fazer a classificação geral dos Estados, e não o número de medalhas conquistadas, pois as medalhas têm pesos diferentes, de acordo com as categorias, nível de comprometimento físico dos atletas, entre outros critérios, e atribuem pontuações distintas para os Estados.
Se levarmos em consideração, no entanto, esse dado, a delegação do Pará apresentou um desempenho excelente: foram, no total, 68 medalhas, entre as quais 39 de ouro, 13 de prata e 16 de bronze, o terceiro melhor resultado entre as 27 unidades da federação (nesse critério, o melhor colocado também foi São Paulo, com 138 medalhas; seguido por Santa Catarina, com 94 medalhas, e o Pará, com 68 medalhas).
Para a responsável pela delegação paraense, a professora do Núcleo de Esporte e Lazer (NEL) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Maria da Conceição Filgueiras, a participação dos atletas do Pará foi muito boa, apesar das dificuldades que o país enfrenta. “Conseguimos trazer uma boa equipe para a competição, embora com uma queda no número de atletas, em relação a anos anteriores. Na natação, por exemplo, houve uma diminuição, no entanto, os alunos que vieram, todos praticamente conseguiram ganhar medalha de ouro, alguns até repetidas vezes, então o saldo foi muito bom, estão todos de parabéns”, ressaltou.
A professora também destacou a importância da prática de esportes para as crianças com deficiência, o que melhora em muito a qualidade de vida delas e das famílias. “Muitas vezes, as famílias deixam as crianças com deficiência apenas dentro de casa, pois não acreditam que exista, para elas, possibilidade de desenvolvimento, de crescimento, e isso não é verdade. É preciso dar a elas a oportunidade de conhecer outros valores, outras oportunidades, isso, sem dúvida, ajuda na socialização, na autoestima e, consequentemente, melhora a qualidade de vida”, pontuou.
É o que atesta a mãe do pequeno Lucas Vieira, de 14 anos, a dona de casa Leila Vieira. Atleta do futebol de 7, Lucas sofreu uma paralisia cerebral aos seis anos de idade, o que deixou algumas sequelas, passou a ser uma criança muito mais ativa e feliz depois que descobriu o esporte. “Ele entrou no futebol no início deste ano e, desde então, se desenvolveu muito, a coordenação melhorou, passou a interagir mais com as outras pessoas e ficou mais carinhoso com a família”, contou a dona de casa, que fez questão de viajar a São Paulo para acompanhar o filho à primeira viagem dele para participar das Paralimpíadas Escolares.
Nesta sexta-feira, 24, último dia do evento, que reuniu mais de 900 atletas de todo o País, portadores de deficiência em idade escolar, houve a premiação de várias modalidades, como atletismo, natação, bocha, futebol de 7 e tênis de mesa. A cerimônia de encerramento ocorreu à noite no Pavilhão Anhembi e, além do anúncio dos Estados campeões na competição, houve um show da banda paulista NX Zero.