Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) promove curso de reprodução simulada
Procedimento é um importante elemento de esclarecimento na investigação criminal, capaz de validar ou invalidar depoimentos de testemunhas, vítimas e réus
Perita criminal em ação em local de infração penal, coleta dados e informações que contribuem para o esclarecimento de casosNovas Abordagens, equipamentos e condições que possam funcionar como facilitadores na confecção dos laudos compõem o curso “Reprodução Simulada”, realizado nesta semana na Unidade Regional do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) em Castanhal, no nordeste do Estado. O conteúdo faz parte do Programa de Capacitação Continuada, organizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (Coapes) do CPC para todas as unidades do órgão.
De acordo com o CPCRC, o curso se justifica pela importância do recurso da reprodução simulada na perícia criminal, sobretudo em casos complexos, por ser importante elemento de esclarecimento na investigação criminal, capaz de validar (ou invalidar) depoimentos de testemunhas, vítimas e réus.
“A finalidade dessa iniciativa é formar uma equipe estruturada em cada unidade regional para que cada uma produza seus laudos de reprodução simulada, quando forem solicitados”, disse o perito criminal Jadir dos Santos, gerente do Núcleo de Crimes Contra a Vida (NCCV) do CPCRC, ministrante do curso.
O perito criminal Joaquim Araújo, que participou da reprodução simulada do assassinato da irmã Dorothy Stang, em 2005, destaca a importância do procedimento para a perícia criminal. “Para elucidação de crimes a reprodução simulada é muito importante, pois ela vai tirar toda e qualquer dúvida que possa ser levada naquele local de crime. Por isso, é importante reciclar e sempre aprender coisas novas e descobrir erros velhos nesse procedimento”, ponderou o perito.
Para indicar ainda mais a importância do procedimento, de maneira mais recente o laudo da reprodução simulada, inclusive, coordenada pelo ministrante do curso, elucidou o caso que envolveu a morte da policial militar, Andreza Maria da Silva Araújo do Nascimento, ao apontar que não houve suicídio conforme o suspeito havia relatado, o que contribuiu para que a Polícia Civil (PC) decretasse a prisão do homicida.
Na prática, o Programa de Formação Continuada baseado no tema da "Reprodução Simulada" será destinado também às unidades de Altamira, Marabá e Santarém. Além dessa temática, o CPCRC abordará outros assuntos como Perícia Tecnológica, Toxicologia Forense, Perícia Balística, Perícia Ambiental, Odontologia Legal e Química Forense.
Os ministrantes das respectivas formações serão os peritos criminais com titulação de mestres e doutores em suas áreas de atuação, considerando todas as cinco unidades do CPCRC no Estado. O conteúdo programático dos cursos foi aprovado pelo Instituto de Ensino de Segurança do Pará (Iesp), responsável pela certificação dos peritos criminais participantes da qualificação.