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Segup discute medidas de segurança com moradores das ilhas de Abaetetuba

Por Redação - Agência PA (SECOM)
14/01/2017 00h00

Cerca de 100 moradores de comunidades das quase 70 ilhas de Abaetetuba, no nordeste do Pará, discutiram na sexta-feira (13), em audiência pública, a problemática do aumento de roubos praticados pelos chamados “piratas”. O evento ocorreu no centro social da igreja Sagrado Coração, na comunidade do rio Maracapucu Sagrado, localizada a cerca de 20 minutos da sede da cidade.

Na audiência, à qual compareceram moradores e de representantes de órgãos integrantes da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Prefeitura de Abaetetuba e Câmara Municipal, foram firmados onze encaminhamentos. Na segunda-feira (16), as polícias Civil e Militar vão intensificar as atuações na região insular da cidade.

A audiência foi aberta com a fala de sete moradores e representantes da sociedade civil. “Não dormimos direito, não conseguimos sair cedo, nossa gente está com medo”, disse Jonas Vilhena, 27. O conselheiro tutelar Juceli Souza relatou a falta de alternativa aos adolescentes. “A segurança pública não é feita somente com policiamento, mas também com políticas públicas. Os jovens não têm espaço de cultura e quadras esportivas. Existem muitos bares com a presença de menores”, afirmou.

Dentre os encaminhamentos, estão a criação de uma base policial na comunidade, instalação de um gabinete municipal de segurança, aquisição de uma lancha para a melhoria do aparato de segurança, reforço de efetivo da Polícia Militar, criação do agente municipal de segurança e manutenção de audiências públicas.

“Estivemos aqui para escutar a comunidade, sabendo que o trabalho deve ser integrado, por isso a importância da criação do gabinete de gestão municipal da segurança, que envolva os órgãos, os poderes executivo e legislativo da cidade de Abaetetuba, além da sociedade civil”, disse o secretário adjunto de Gestão Operacional da Segup, coronel PM Hilton Benigno. Integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves também estiveram na audiência.

O diretor do Grupamento Fluvial da Segup (Graesp) apontou algumas limitações identificadas no trabalho das investigações. “Precisamos da presença do judiciário e do Ministério Público, senão teremos dificuldade em diligenciar. Não podemos entrar na casa de ninguém sem mandados”, alegou. Apesar de convidados, representantes do judiciário e do MP não estiveram presentes. “Esse é um momento histórico aqui nas ilhas. Estamos discutindo com as forças de segurança uma forma de resolver ou minimizar nossos problemas”, destacou o prefeito da cidade, Alcides Negrão.

Segundo a Polícia Civil, no comparativo entre os anos de 2015 e 2016, o Baixo Tocantins registrou a queda de 20% e de 29%, respectivamente, nos números de homicídio e latrocínio. Já o roubo se mantém em crescimento. Os dados da Segup mostram que no ano passado, naquela região, mais de 500 pessoas foram presas por envolvimento com algum tipo de delito e 127 veículos foram apreendidos por alguma irregularidade.