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Nutricionista do HOL reitera importância da reeducação alimentar no tratamento oncológico 

A dieta balanceada pode aliviar efeitos colaraterais e o acompanhamento nutricional é importante desde o diagnóstico, diz a nutricionista do Ophir Loyola, Jamile Farias

Por Governo do Pará (SECOM)
31/08/2021 15h18

Nesta terça-feira (31) celebra-se o Dia do Nutricionista no PaísO Dia do Nutricionista é comemorado anualmente em 31 de agosto. A data é uma homenagem aos profissionais responsáveis pelo planejamento alimentar das pessoas. No ambiente hospitalar, além de elaborar dietas específicas para pacientes oncológicos, o nutricionista identifica precocemente o risco nutricional ou de desnutrição, e pode aplicar uma terapia nutricional personalizada para garantir um ingestão alimentar compatível com as necessidades de cada paciente. 

O tratamento do câncer tem muitos efeitos colaterais, e pode ser aliviado por uma dieta balanceada. Portanto, o acompanhamento do profissional de nutrição é importante, e deve começar desde o diagnóstico, independente do tipo de tratamento. As consequências são adversas devido a quimioterapia e radioterapia, que, muitas vezes, fazem com que o paciente diminua a ingestão de alimentos, o que pode acarretar um desnutrição e, consequentemente, até a interrupção do tratamento. 

De acordo com a nutricionista, Jamille Farias, do Hospital Ophir Loyola, referência em oncologia no Estado do Pará, o nutricionista precisa estar atento e fazer ajustes nutricionais, sempre que necessário. “Algumas estratégias são adotadas como aumentar a divisão da dieta, aumentar a densidade calórica e protéica, por meio do uso de suplementos nutricionais, mudar a consistência da comida, recomendar higiene alimentar adequada e limitar certos alimentos quando necessário”. 

Ela explica que o atendimento individualizado deve ser dado a cada paciente de acordo com o tipo, localização e estágio do tumor maligno. Também deve-se considerar as demais comorbidades que o paciente possa apresentar. Quando os enfermos recebem cuidados paliativos, a assistência nutricional visa proporcionar o máximo de conforto e satisfação possível. 

Jamille Farias também ressalta que o nutricionista deve fornecer orientações adequadas sobre os alimentos a serem consumidos, monitorar a composição corporal, minimizar a perda de peso e deficiências nutricionais. A intervenção nutricional adequada e precoce pode melhorar a resposta clínica do paciente e ajuda ativamente a combater a doença e restaurar a qualidade de vida do mesmo. 

Além disso, o tumor maligno que acomete principalmente o trato intestinal é mais agressivo para a ingestão de alimentos. “A  neoplasia maligna promove alterações no metabolismo dos indivíduos levando a um estado de risco nutricional, onde a perda progressiva e involuntária de peso, massa muscular, bem como disfunções imunológicas são frequentes. Nesse sentido, é fundamental que o profissional nutricionista componha a equipe multiprofissional de atendimento ao paciente oncológico”, concluiu a nutricionista.

De forma geral, quem faz acompanhamento oncológico deve ter uma dieta saudável e balanceada, principalmente com alimentação natural, como frutas, verduras e legumes. Sobretudo, é preciso se atentar para a qualidade e a higiene dos alimentos consumidos, principalmente em locais públicos, dar preferência a produtos sempre bem cozidos, embalados adequadamente e dentro do prazo de validade. 

*Texto de Viviane Nogueira (HOL).