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Cresce em 6% o número de atendimentos a ciclistas acidentados no Hospital Metropolitano

No Brasil o aumento é de 45%, segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet)

Por Governo do Pará (SECOM)
18/08/2021 16h58

A bicicleta é um meio de transporte que vem crescendo em todos os locais e a pandemia potencializou essa prática em muitos brasileiros, principalmente para evitar aglomerações no transporte público. Para conscientizar sobre a prevenção e a necessidade de participação de todos para um convívio seguro no trânsito, nesta quinta-feira (19) comemora-se o Dia Nacional do Ciclista. A data foi criada em memória ao ciclista brasiliense Pedro Davison, vítima, aos 25 anos, de um atropelamento no ano de 2006. 

Na última segunda-feira (16), um outro ciclista também foi uma das vítimas do trânsito, na avenida Centenário, bairro do Mangueirão, em Belém. A vítima foi encaminhada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana, mas não resistiu aos ferimentos.O tratamento a um acidentado pode durar de 8 a 18 dias

Este acidente soma nas estatísticas do Hospital Metropolitano, que já aponta aumento de 6,09% nos atendimentos envolvendo ciclistas. O período do levantamento é de janeiro a junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Na estatística são somadas quedas e os acidentes envolvendo motocicletas, automóveis, ônibus e caminhões. 

Na unidade, mantida pelo Governo do Pará e gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, referência em traumas no estado, foram atendidos 82 ciclistas no ano de 2020. Neste ano, o Metropolitano já prestou assistência a 87 ciclistas.

Custo médio de um paciente acidentado

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) informa que cresceu em 45% a quantidade de acidentes de ciclistas no Brasil. Ainda segundo a Abramet, anualmente, os gastos com tratamentos de traumas envolvendo esse tipo de paciente somam mais de R$ 15 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).

“No Hospital Metropolitano, o custo médio de cada alta, envolvendo mão-de-obra e todos os insumos utilizados pelo paciente, além da hotelaria, custa mais de R$ 21 mil”, destacou o coordenador do Pronto Atendimento do HMUE, José Guataçara. O médico completa ao dizer que “é necessário investir na prevenção para evitar novos aumentos”.

Francisco Rafael dos Santos, de 33 anos, está internado no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém, unidade que integra a rede pública de saúde do Governo do Pará. Segundo informações do próprio paciente, ele foi atingido por um ônibus enquanto voltava do trabalho e de bicicleta.

“Como era de noite, creio que devido a escuridão, o motorista do coletivo não me viu. Por isso que eu ressalto a importância dos equipamentos de proteção e sinalização”, conta Rafael, que já precisou passar por uma cirurgia e realiza fisioterapia diariamente.

O HPEG, sob gestão da Pró-Saúde, é referência em traumas ortopédicos, atuando como unidade de retaguarda em Belém para outros hospitais no Estado. Apenas neste ano, de janeiro a julho, o Galileu já realizou 3.105 atendimentos entre consultas ambulatoriais e cirurgias ortopédicas.

Ações de conscientização dos hospitais

Durante todo ano, os Hospitais Metropolitano e Galileu realizam diversas ações em relação aos riscos da direção perigosa. Entre os projetos estão o “Direção Viva” e o “Quero Andar de Moto Até Morrer e Não Morrer Andando de Moto”.

As ações têm a finalidade de sensibilizar os condutores que trafegavam na Rodovia BR-316. A ideia é abordar os motoristas, apresentando panfletos e mostrando informações que levam a reflexão quanto aos riscos da direção perigosa.

Ao longo dos últimos anos, os projetos se estenderam para outros locais, como missas, caminhadas em memória às vítimas de trânsito e exposição de memorial. As ações já atingiram milhares de pessoas e contribuíram para a conscientização de centenas de condutores, ciclistas e pedestres.

*Texto de Diego Monteiro (HMUE).