Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
ARTE E RENDA

Estação Cultural de Icoaraci completa um ano de fomento à cultura e à economia criativa

Construída no início do século XX, a Estação se tornou espaço de shows, apresentações cênicas, exposições, intervenções artísticas e feiras

Por Governo do Pará (SECOM)
13/08/2021 20h00

Neste sábado (14) faz um ano que o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), entregou à população a Estação Cultural de Icoaraci, distrito de Belém. E durante esse período o espaço multicultural da conhecida “Vila Sorriso” já recebeu diversas ações, como shows, apresentações cênicas, exposições, intervenções artísticas e feiras de economia criativa com expositores locais. Atividades que promovem e valorizam a cultura local.Danças e outras manifestações artísticas ocupam os espaços da histórica Estação de Icoaraci

Em 2020, o espaço foi reaberto com estruturas fixas, como cozinha, sala para práticas artísticas, sala multiuso, banheiros, sala de administração e área para montagem de palco, garantindo a retomada de atividades musicais e cênicas. Também foram disponibilizadas 11 barracas para artesãos e mais três para a comercialização de produtos gastronômicos. No primeiro semestre deste ano, com o fechamento dos espaços por conta da pandemia de Covid-19, a comercialização na feira de Economia Solidária e Colaborativa da Estação chegou a R$ 12 mil. Entre agosto e dezembro de 2020, a Secult estima que o espaço tenha movimentado em torno de R$ 32 mil.

De acordo com Joana Costa, do Coletivo de Economia Solidária de Icoaraci, que organiza a agenda dos expositores, as barracas são revezadas entre os interessados, atendendo em torno de 30 empreendedores por mês. “É um equipamento fundamental no distrito, tanto para trabalhadores da economia solidária, quanto para a sociedade em geral. Ele reúne cultura, música, lazer, gastronomia, e é resultado do movimento de moradores que lutaram para que ele fosse o que é hoje. O espaço estava fechado há um tempo. Quando a nova gestão do governo assumiu, nos ajudou a reabrir e trazer todas estas melhorias. Essa reabertura foi muito importante para uma mudança de cenário cultural e econômico também, que transformou a vida dos empreendedores locais, principalmente mulheres que garantem a renda de suas famílias”, destaca Joana Costa.A Estação Cultural é um espaço de arte, valorização da economia criativa e integração social

Para Eduardo Vieira, do Balé Folclórico da Amazônia (BFAM), além da qualidade estrutural do espaço, a Estação se tornou referência cultural em Icoaraci. “Para nós, este é um espaço de suma importância. Aqui realizamos exposições, como a de 30 anos da BFAM, e diversas apresentações folclóricas. Sentimos que esse lugar é nosso, de todos os icoaracienses; é a nossa casa. Não tínhamos por aqui um espaço para ensaiar, por exemplo. Então, quando a Estação reabriu, ela nos abraçou, e nós somos profundamente agradecidos por este espaço”, ressalta.

Espaço público - Para o coordenador da Estação de Icoaraci, Luciano Gomes, o equipamento é um espaço de domínio público. “Nosso objetivo é fomentar a cultura e a arte que congrega várias linguagens, como teatro, dança, música, contação de história. Desde sua abertura tem realizado diversos eventos culturais, sempre em diálogo com a comunidade. Desenvolvemos diversas parcerias. Temos muitos eventos previstos para o segundo semestre. O espaço segue aberto; precisa ser ocupado, movimentado, visitado, conhecido”, enfatiza o coordenador.

A Estação de Icoaraci foi construída na intendência de Antônio Lemos e inaugurada por Augusto Montenegro, em 7 de janeiro de 1906. A estrada de ferro ligada à Estação tinha 21 km de extensão, com saída do Entroncamento (na Avenida Pedro Álvares Cabral), passando pelo ramal do Curro (matadouro) do Maguari e ramal da Vila Pinheiro (antigo nome de Icoaraci), com conexão até o porto. Foi desativada em 1° de janeiro de 1965, e passou a ser usada pela Cooperativa de Artesãos de Icoaraci (Coart) ao longo de 30 anos.

Texto: Josie Soeiro – Ascom/Secult