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PRESERVAÇÃO

Batalhão de Polícia Ambiental atua há 20 anos na proteção da vida 'em todas as formas'

O BPA atua para proteger a fauna e o sossego da população com quatro guarnições, que fazem atendimento nas 24 horas

Por Carol Menezes (SECOM)
13/08/2021 19h39

O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), órgão essencial no resgate de animais e operações de fiscalização ambiental, completou 20 anos de criação no último dia 2 de agosto. São duas décadas contribuindo de forma essencial para ações, articuladas com outros órgãos, destinadas à proteção ou interação com o meio ambiente. O BPA é responsável por capturas e resgates de animais, combate à poluição sonora e perturbação do sossego e preservação de áreas protegidas, sempre seguindo o lema "preservar a vida em todas as suas formas".

O BPA atua em áreas protegidas na Região Metropolitana de Belém, como o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna e o Refúgio de Vida Silvestre (Revis) em Marituba. O efetivo também oferece apoio constante a órgãos de fiscalização ambiental, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa).Sede do Batalhão de Polícia Ambiental, em Belém

O destacamento conta, em média, com quatro guarnições, que fazem atendimento nas 24 horas. Quando há captura de animais, estes são levado para a Semas, onde passam por avaliação com veterinários. Caso estejam bem de saúde, seguem para unidades de conservação, como o Parque do Utinga ou Revis.

Geralmente, o Batalhão é acionado pelo 190, do Centro Integrado de Operações (Ciop), que repassa as ocorrências para as viaturas em serviço. As denúncias também podem ser feitas pelo Disque Denúncia (181). Os animais mais resgatados são serpentes e pássaros, quase sempre em condições de serem devolvidos à natureza. 

O BPA também dá apoio para equipes do Ministério Público do Trabalho no combate ao trabalho análogo à escravidão, participando do resgate de vítimas desse crime.

Formação - O major PM Jeremias Moura Maciel, atual comandante do BPA, conta que para integrar o Batalhão tem que ser pelo menos soldado ou oficial da Polícia Militar. O recrutamento é feito com base na formação do agente - às vezes, é veterinário ou tem curso na área de meio ambiente. Se o militar interessado não tiver a formação necessária, o BPA oferta qualificação e capacitação.

"Atuamos, principalmente, em situações relacionadas à legislação ambiental atualizada. O que mais fazemos é captura e resgate de animais na RMB, com agentes habilitados para manejo e contenção, e também temos formação em sobrevivência na selva", detalha. Essa formação fornece o apoio ideal e a segurança para operações de fiscalização em áreas de mata.Os agentes do BPA são capacitados para o manuseio e resgate de animais

Parcerias - Ivan Santos, responsável pela Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB), do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), conta que a relação entre o Instituto e o BPA é de proteção e recuperação da fauna. "Quando algum tipo de fauna nos é apresentada, imediatamente articulamos com a Semas, outro grande parceiro nosso, que por sua vez cataloga e faz toda a parte técnica. Em seguida, acionamos o BPA, parceiro de todos os momentos, que não existe hora, não existe dia. Eles têm sido de extrema importância, porque além de terem veterinários, há empenho na atitude naquele momento fundamental de recepção de animais. Tudo em favor da fauna", reforça o gestor.

Animais silvestres recolhidos pelo BPA, por civis ou membros de entidades, quando chegam ao Ideflor-Bio, passam por catalogação, que subsidia estudo para definir melhor local e momento de soltura. "Essas três entidades juntas criam um diferencial em favor do meio ambiente", confirma Ivan Santos.

A servidora pública Andrelly Pantoja criou um grupo chamado "Anjos Sem Asas", dedicado ao resgate de animais silvestres. Para isso, ela conta sempre com o apoio do Batalhão. "Toda vez que eu chamo, sou atendida. Eles sempre vão ao local onde estou e recolhem. É um trabalho de suma importância. Sou grata pelo serviço que eles prestam", afirma.