Defensoria Pública do Estado realiza solenidade de posse de Defensores Públicos Substitutos
A Defensoria Pública do Estado do Pará realizou nesta sexta-feira, 20, a solenidade de posse de 11 novos defensores públicos substitutos. A posse dos novos defensores garantirá a expansão dos serviços da Defensoria para 10 municípios do interior do Estado, a exemplo do município de Breves, na Ilha do Marajó. Esta é a primeira vez que a Defensoria Pública do Pará nomeia defensores públicos no uso de sua autonomia, sendo as nomeações anteriores feitas pelo Chefe do Executivo.
A cerimônia ocorreu no auditório do prédio-sede da Defensoria. Compuseram a mesa o governador Simão Jatene; o presidente do Colégio Nacional de Defensores Públicos-Gerais (Condege) e defensor público geral do Distrito Federal, Ricardo Batista de Sousa; a defensora pública geral do Pará, Jeniffer de Barros Rodrigues; o deputado estadual Carlos Bordalo e a promotora de justiça e ouvidora geral do Ministério Público do Pará, Andréa Moura dos Santos.
O governador Simão Jatene elogiou o trabalho da Defensoria Pública na construção de uma sociedade mais justa. “Vocês escolheram não apenas serem servidores públicos, vocês foram mais ousados, vocês escolheram servir defendendo e, sobretudo, defendendo aquele que mais precisa. Ao fazerem essa escolha de defender os mais vulneráveis, vocês não apenas tomaram uma decisão de vida, mas uma decisão revolucionária. Ao abraçarem essa profissão, vocês fizeram uma escolha de exercitar no cotidiano o saber cívico, que nos empurra a conhecer as mazelas da sociedade para resolvê-las”, destacou. “Bem-vindos ao serviço público”, finalizou.
A defensora pública geral do Pará, Jeniffer de Barros Rodrigues, declarou: “Vocês vão ser muitas vezes, a última esperança de alguém. Tenham empatia por essas pessoas”. Em seu discurso, ela ressaltou que busca servir aos assistidos da instituição e convidou seus novos colegas para que façam o mesmo. “Eu me reconheço em vocês, na ansiedade e nos sonhos. Então vamos construir, vamos servir, não se acomodem. Não esqueçam que por trás dos números, por trás das pilhas de papéis, existem pessoas que anseiam, que sonham, pessoas que precisam”, declarou.
Jeniffer de Barros Rodrigues finalizou sua fala dizendo aos novos defensores que façam o melhor pela instituição e pelos seus assistidos. “Como gestora, os conclamo a transformar a vida das pessoas e, como colega de trabalho, aconselho que permitam se transformar. Festejamos hoje, amanhã tem chão”, afirmou.
O subdefensor público geral, Vladimir Koenig, frisou: “A Defensoria do Estado do Pará estava há quase cinco anos sem empossar novos defensores, então, esses 11 defensores públicos vão somar muito para o atendimento das cidades do interior”.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado, Carlos Bordalo, citou em sua fala a filósofa Hanna Arendt, que disse que a “essência dos direitos humanos é o direito a ter direito”. Afirmou que “numa sociedade que se pretenda justa e democrática, o primeiro e mais importante passo é garantir o direito do cidadão. A luta por direitos não deve ser solitária, individual, isolada, ela tem que ser fruto de um grande acordo entre todos os indivíduos e todas as instituições que pretendam cumprir este preceito”.
Novos Defensores
Os defensores públicos substitutos empossados são: Paula Lincon, Renata Helena Nunes, Eduardo Fontes, Gabriel Montenegro, Mayana Barros, Brunno Aranha, Renan França, Guilherme Israel Kochi, Rodrigo Silva, Samuel Oliveira e Bruno Farias.
Paula Lincon representou em seu discurso os 11 defensores empossados. Ela frisou que o papel da instituição é promover a justiça, que é um dos bens mais básicos do ser humano e precisa ser garantida, não apenas proclamada. “É a realização de um sonho, com a certeza de que teremos muito trabalho pelo povo paraense, principalmente no interior”, explica a nova defensora pública.
Da mesma forma, o novo defensor público Gabriel Montenegro afirmou: “A expectativa é partir para o interior para atender a população hipossuficiente, que está muito carente de assistência jurídica”.
Texto: Victória Botelho e Vitor Barros - Ascom Defensoria Pública do Pará