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Sespa envia apoio para Xinguara, que registra casos graves de chikungunya

Por Redação - Agência PA (SECOM)
24/01/2017 00h00

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) já está dando todo o suporte necessário para o controle da febre chikungunya no município de Xinguara, no Sul do Pará. Somente nas três primeiras semanas deste ano já foram registrados 174 casos suspeitos da doença.

O município está em estado de alerta por conta do aumento de casos da doença. Alguns bairros apresentam índices de infestação predial de 17%, estando muito acima do percentual máximo de 1% recomendado pelo Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Xinguara, até o momento foram confirmados dois óbitos. Outros três casos estão sob investigação.  

Diante da complexidade do evento, a Sespa, por meio do 12º Centro Regional de Saúde (CRS), e as secretarias de Xinguara, realizaram reuniões para o planejamento de uma força-tarefa, voltada para o combate e controle do Aedes aegypti no município. Entre as atividades desempenhadas estão: orientação preventiva e eliminação dos depósitos e focos do Aedes aegypti por meio dos Agentes de Controle de Endemias e Agentes de Comunitários de Saúde em todos os bairros do município. As ações também incluem a utilização do carro fumacê, limpeza dos bairros, atendimento de denúncias recebidas por meio do Disque Dengue e avaliação no local por agentes de fiscalização. As equipes também estão orientando a população sobre a limpeza de entulhos ou depósitos irregulares.

A Sespa também já pediu o apoio do Ministério da Saúde e atua com a investigação e reforço de medicação, entomológica e clínica dos casos graves suspeitos, com o apoio de uma equipe do Instituto Evandro Chagas. Diante deste quadro, as recomendações são para que todos colaborem com as atividades em andamento, usem frequentemente repelentes durante o dia e prefiram roupas de manga longa e de cores claras. Quando possível, evitar a aglomeração de pessoas em locais com indivíduos suspeitos de terem contraído o vírus.

Os pacientes estão sendo atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, que passou a realizar um número maior de atendimentos por dia, passando de 80 para 300. Os casos mais graves estão sendo encaminhados para o Hospital Regional de Redenção. Foram colhidos exames a serem encaminhados ao Instituto Evandro Chagas e ao Laboratório Central do Estado (Lacen) para análise da sorologia e diagnóstico preciso da doença, que evolui de forma rápida, o que aumenta a suspeita de uma nova forma da doença.

A Sespa informa ainda que vai instalar um comitê de crise na capital para atuar na intensificação do controle e combate ao Aedes aegypti, além de um Plano Emergencial para as regiões Sul e Sudeste, locais com maior risco de proliferação da doença.

Sintomas – O vírus da febre chikungunya é transmitido pelo mesmo vetor da dengue e da zika, o Aedes aegypti, e provoca febre e dores musculares. A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores podem permanecer por meses, e até anos.