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Sespa realiza ações preventivas às hepatites virais com testes e vacinas

O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais teve programação alusiva na Santa Casa e Uredipe

Por Mozart Lira (SESPA)
28/07/2021 18h10

Com o objetivo de orientar a população para prevenir doenças do fígado, como as hepatites, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou ações alusivas à campanha “Julho Amarelo” na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe). Ocorrida nos dias 26, 27 e 28 deste mês, a programação ofereceu testes rápidos para hepatites B e C e doses de vacina contra o tipo B. Vacinas contra Hepatite B foram oferecidas na Santa Casa

Na Santa Casa, os serviços ficaram disponíveis para funcionários, colaboradores, pacientes e seus acompanhantes. Para a coordenadora de Hepatites Virais da Sespa, Marília Leão, o objetivo foi divulgar a importância do diagnóstico precoce, com ênfase em medidas de prevenção. “Descobrir a tempo muda tudo e evita complicações. E é preciso que a população saiba que pela Sespa existe não só o meio de diagnóstico precoce, como o tratamento com perspectiva de cura”, ressaltou.

A coordenadora de Hepatites Virais Marília LeãoSegundo Marília Leão, o impacto das ações da campanha permitiu ao usuário acesso ao diagnóstico precoce, à imunização com a vacina para Hepatite B e à educação em saúde e ao ratreio/triagem para as hepatites. “A conscientização da população sobre o vírus é fundamental para gerar o autocuidado, porque todos nós podemos ser vulneráveis à infecção”, destacou.

De acordo com o responsável geral pelos serviços relativos ao fígado da Fundação Santa Casa, Rafael Garcia, cirurgião do aparelho digestivo, antes do quadro de cirrose o prognóstico para hepatite C é excelente. “O índice de cura para hepatite C, por exemplo, é de mais de 98%. É uma doença considerada grave porque a maior parte dos casos desenvolve-se para cirrose e câncer de fígado. Com o tratamento, esses riscos caem drasticamente”, explicou. 

Transplante - De 2016 até este ano, cerca de 500 pacientes já foram curados de hepatite C na Santa Casa. Hoje, 40 pacientes recebem atendimento para hepatite B. Em 2019, o Ambulatório do Fígado da Santa Casa foi indicado pelo governo federal como Centro de Transplante de Fígado do Estado. A previsão é começar os procedimentos em agosto, com pelo menos quatro cirurgias por mês.

O Ambulatório do Fígado e a recém-inaugurada Enfermaria Santo Expedito, exclusiva para doenças do fígado, atendem pelo menos 3 mil pacientes crônicos e mais de 120 pacientes transplantados, residentes no Pará e em outros estados.

“Na Campanha, a estratégia é de, com acolhimento e humanização, reforçar a conscientização e a viabilidade imediata de tratamento aqui na Santa Casa mesmo, sem qualquer obstáculo”, disse a enfermeira Tatiane Silva, do Ambulatório do Fígado. 

O cantor e compositor paraense Nilson Chaves participou da campanha e fez os testes rápidos, com resultados negativos. Para ele, o dia foi bem significativo. “É de suma relevância que possamos ter acesso a testes e vacinas, porque isso salva vidas”, enfatizou o artista.

Ação realizada por equipe técnica da UredipeJá a técnica em enfermagem Lúcia Maura Santos, do Ambulatório de Pediatria, repetiu testes, como faz periodicamente. “Sou vacinada, e mesmo assim gosto de monitorar, para ter certeza de que estou saudável. O momento para que todos fiquem informados faz toda a diferença”, acrescentou. 

A testagem rápida para os vírus das hepatites B e C está disponível nas Unidades Básicas de Saúde dos 144 municípios do Estado, e deve ser amplamente incentivada, sendo essencial que todas as pessoas façam o procedimento pelo menos uma vez na vida. “O diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento seja eficaz, e assim minimizar o risco de desenvolver fibrose ou cirrose hepática, que podem levar ao surgimento de câncer e à necessidade do transplante do fígado”, garantiu Marília Leão.

Riscos - As formas de transmissão das hepatites são distintas. Por exemplo, relações sexuais desprotegidas, com pessoas infectadas, representam risco para hepatites B e C, classificadas como Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Também são fatores de risco para as hepatites A e E o compartilhamento de objetos cortantes contaminados, alimentos contaminados e precárias condições sanitárias. “O ideal é que as pessoas saibam que há como realizar de forma gratuita a prevenção da hepatite B tomando três doses da vacina, e assim garantir sua imunização, além de fazer o teste rápido disponível na rede básica de saúde”, alertou a coordenadora Marília Leão. 

Na Uredipe havia testes disponíveis. Na área externa, quem transitava pela Feira do Telégrafo, situada na Avenida Senador Lemos, foi orientada para a prevenção das hepatites. 

O balanço das ações na Sespa, na Santa Casa e na Uredipe resultaram em 890 testes rápidos (Hepatite B e C) e 100 doses de vacina para hepatite B. Em 2020, foram confirmados no Pará 451 casos de todos os tipos de hepatites, e os dados parciais de 2021 registram 174 casos confirmados.

Texto: Aline Miranda - Ascom/Santa Casa e Mozart Lira - Ascom/Sespa