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VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR 2021

'Pesquise na Quarentena' estimula a produção de estudos e tem prêmio no Inova Servidor

A proposição foi reconhecida como uma das melhores iniciativas de disseminação da cultura de inovação no serviço público paraense, e ficou com o 3º lugar do Prêmio

Por Carol Menezes (SECOM)
23/07/2021 16h52

O projeto "Pesquise na Quarentena" estimula pesquisadores a compartilharem os resultados de seus estudos, mesmo com a suspensão das atividades acadêmicas, por meio de podcasts, desenvolvido pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), foi um dos premiados pelo Prêmio Inova Servidor, da Escola de Governança do Pará (EGPA). Nascida como uma tentativa de adaptação ao começo da pandemia de Covid-19, no ano de 2020, e como forma de incentivar a produção de pesquisas, naquele período, a proposição foi reconhecida como uma das melhores iniciativas de disseminação da cultura de inovação dentro do serviço público paraense, e ficou com o 3º lugar da II Edição do evento.

Diferente de outros projetos premiados, o "Pesquise na Quarentena" foi criado por causa da crise sanitária, e portanto já contando com a disposição dos participantes em trabalharem remotamente, o que evidencia o planejamento organizacional reconhecido pela premiação oferecida pela EGPA.

"Pesquise na Quarentena" começou como uma proposta de relatar o período da pandemia vivida pelos bolsistas de iniciação científica e da pós-graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). A iniciativa cresceu e influenciou o andamento das pesquisas apesar das atividades acadêmicas presenciais estarem suspensas nas instituições de Ensino Superior e nos centros de pesquisas sediados no Pará. 

Foram mais de 300 bolsistas de seis municípios consultados e gravados cerca de 180 podcasts na plataforma SoundCloud. Vários pesquisadores também foram alcançados, já que indiretamente estimulavam os bolsistas a participarem do projeto. Estivemos em mais de seis municípios e em IES como UFPA, Uepa, Ufra, Unifesspa e Ufopa. 

Para Alexandre Diniz, coordenador de bolsas da Fapespa e organizador do projeto, foi uma maneira de divulgar a pesquisa, mas também uma forma de suportar os meses iniciais da pandemia e de se adaptar àos novos formatos de comunicação, no caso, o uso de podcasts, basicamente, um programa de rádio que pode ser ouvido pela internet a qualquer hora, por meio do celular ou do computador. 

“Foi e está sendo muito gratificante para todos nós, da Diretoria de Operações Técnicas (Ditec) da Fapespa, em particular, da Coordenação de Bolsas Acadêmicas (Cobol), pois quando elaboramos a proposta não tínhamos a pretensão de sermos uns dos dez finalistas. Tínhamos pretensões apenas de participar e apresentar o modelo de processo organizacional de modo funcional, a partir da inovação da ideia do projeto Pesquise na Quarentena – pós-graduação, mestrado e doutorado. Agradecemos aos bolsistas que participaram do projeto, a toda a equipe técnica que se empenhou durante todo o período de execução do projeto no ano de 2020”, reconhece Alexandre Diniz, da Fapespa. 

Ainda de acordo com Diniz, os projetos apresentados nos podcasts eram de diversas áreas do conhecimento, já que o trabalho como um todo era mais voltado à divulgação e interação. Os alunos se conheceram e descobriram sobre outros projetos na plataforma soundcloud, a maior plataforma de áudio aberta do mundo, alimentada por uma comunidade conectada de criadores, ouvintes e curadores ligados em temas novos.

O "Pesquise na Quarentena" foi um grande encontro entre os projetos desenvolvidos nas universidades federais e estaduais, proporcionado pelas redes sociais e pelas mídias disponíveis", avalia o coordenador. A universitária Luiza Dias atuou como estagiária da iniciativa. "Foi uma experiência maravilhosa e desafiadora. Estávamos vivenciando um momento emergencial de pandemia, tendo que nos adaptar ao trabalho remoto, sabemos que foi um desafio muito grande para os alunos e a parte técnica", reconhece Alexandre Diniz.

Doutoranda em Comunicação da UFPA e integrante do “Pesquise na Quarentena”, Camila Simões lembra dos anseios dos participantes sobre como a pandemia interferiria em suas pesquisas, especialmente, aquelas que necessitavam de coleta de dados presencial. 

"Já havia participado de podcasts de conversa sobre literatura, séries, audiovisuais, agora é a primeira vez que eu me preparei para um podcast sobre a minha pesquisa. Na verdade ajudou muito a externalizar, reelaborar, pensar nas melhores estratégias, foi muito importante eu conseguir discutir isso", afirma a douranda Camila Simões.