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AGRICULTURA

Grupo de Trabalho orienta produtores sobre boas práticas de pimenta-do-reino em Baião 

O município do Baixo Tocantins é o quarto a receber a rodada de palestras ministradas por especialistas do GT composto por órgãos públicos e produtores

Por Governo do Pará (SECOM)
21/07/2021 14h38

As boas práticas na produção da pimenta-do-reino foram apresentadas durante a manhã desta terça-feira (20) no município de Baião, no Baixo Tocantins, pelo Grupo de Trabalho(GT) composto por órgãos públicos do setor produtivo e de pesquisa, além de representantes do setor privado. A programação ocorreu no auditório do colégio Imaculada Conceição.

Esse foi o quarto ciclo de palestras realizadas com a finalidade de levar informações para melhorar a produção paraense da pipericultura. 

Por meio da Portaria nº 1.332, de 2020, a Adepará instituiu ações de caráter técnico-administrativo e medidas fitossanitárias e sanitárias para proteção e fortalecimento da pipericultura (produção de pimenta-do-reino) no Pará. Entre os procedimentos contemplados estão desde a obrigatoriedade de todo proprietário, arrendatário ou ocupante de qualquer título de estabelecimento, propriedade ou área produtora de pimenta-do-reino se cadastrar junto à instituição.

Na semana passada, a programação foi realizada em Capitão Poço. Tomé-Açu e Castanhal, nordeste paraense, que já sediaram a rodada de orientações levadas pelo GT pimenta-do-reino, coordenado pela engenheira agrônoma da Sedap, Márcia Tagore. Também compõem o grupo os representantes da Sedeme, Adepará, Emater, Ideflor, Embrapa, Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa),Cooperativa Mista dos Produtores de Tomé-Açu ( Camta) e Associação Brasileira dos Exportadores de Pimenta ( Abep).

A programação contou com a participação do prefeito de Baião, Lourival Menezes Filho. A diretora Lucionila Pimentel, da Adepara, e sua equipe dos escritórios do Baixo Tocantins, também participaram do encontro. O evento mobilizou mais de 70 pessoas, entre técnicos e produtores dos municípios de Baião e municípios vizinhos. A Regional da Emater também esteve presente, assim como os secretários de Agricultura de Baião e Mocajuba. 

SUSTENTABILIDADE

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Baião (STTR), 
Dilton Rocha, falou da importância da atividade e da necessidade de se trabalhar a pimenta de forma sustentável, junto com outras culturas. 

Além da servidora da Sedap, Márcia Tagore, os especialistas participantes foram Rafaela Pimentel (Sedeme), Rafael Haber (Adepara) e Oriel Lemos (Embrapa). A coordenadora do GT da pimenta-do-reino informou que a próxima rodada de palestras será no dia 30 deste mês, em Santarém, oeste do Pará, e em agosto, no município de Altamira, no Xingu.

"Essas palestras fazem parte das 20 ações emergenciais da pimenta-do-reino e até dezembro já esperamos contar com resultados positivos, com incorporação de ações de boas práticas nas ativididades cotidianas da pimenta; do cultivo à comercialização, lembrando que todos os agricultores de pimenta precisam se cadastrar junto à Adepará , conforme a portaria que regula as atividades da pimenta no Estado", orientou a engenheira agrônoma da Sedap. 

Na ação realizada em Baião, o gerente de Defesa Vegetal da Adepará, Rafael Haber, falou sobre a portaria que dispõe sobre os procedimentos e obrigatoriedade para a cultura da pimenta-do-reino.  Ele ressaltou também a importância do trabalho em conjunto.

“É importante destacar a parceria de outros órgãos: a Embrapa está divulgando as boas práticas pós-colheita, a Sedap organiza e direciona o grupo de trabalho e a Emater leva as informações até o produtor”, pontuou.

Portaria

Outras ações a serem desenvolvidas dentro da Portaria 132/2020, são: recomendações fitossanitárias sobre a prevenção e o controle das pragas mais importantes para a cultura e procedimentos para colheita e beneficiamento. O produtor deverá adotar boas práticas durante o manuseio, a secagem e o beneficiamento da pimenta-do-reino, com o objetivo de prevenir a contaminação pelas bactérias Salmonella spp e Coliformes spp. Além disso, deve destruir plantios abandonados não produtivos, para diminuir a fonte de patógenos. 

De acordo com Lucionila Pimentel, diretora de Defesa e Inspeção Vegetal do órgão, “a Adepará vai na propriedade fiscalizar o uso correto dos agrotóxicos, assim como nas revendas, para fiscalizar se o estabelecimento está comercializando legalmente os agrotóxicos utilizados pelos produtores. É um trabalho para defender o agronegócio e a agricultura familiar”.

A Defesa Sanitária Vegetal é uma das frentes de atuação da Adepará. A Agência é responsável por executar a vigilância e inspeção de vegetais, tanto os cultivados quanto os da flora silvestre, produtos vegetais em armazenamento ou em transporte e artigos regulamentados, com o objetivo de informar a presença, o foco e a disseminação de pragas e a realização do controle.

Importância

O Pará possui áreas plantadas da especiaria em quase todas as regiões, sendo que os principais municípios produtores, com destaque para Tomé-Açu, Baião, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Igarapé-Açu, Ipixuna do Pará, Garrafão do Norte, Aurora do Pará, Nova Esperança do Piriá, Acará, Cametá e Mocajuba.

Serviço - O produtor pode ir até o escritório da Adepará onde a propriedade está localizada para realizar o cadastro ou atualização, que são feitos anualmente. No site da Agência (www.adepara.pa.gov.br) há os contatos dos escritórios e das regionais em todos os municípios do estado. A Ouvidoria também é disponibilizada para esclarecer dúvidas e receber denúncias. O contato é o (91) 3210-1101/1

*Texto de Rose Barbosa e Rodrigo Reis / Sedap.