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PARALIMPÍADAS

Paraense é classificado para as paralimpíadas de Tóquio

Judoca albino recebeu apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel)

Por Governo do Pará (SECOM)
01/07/2021 11h31

O judoca Thiego Marques realizará o sonho de disputar as Paralimpíadas de Tóquio 2020, que serão realizadas em agosto deste ano por causa da pandemia de Covid-19. A convocação veio após o atleta ter disputado duas seletivas, que garantiram sua classificação para o Japão. Para as competições o judoca recebeu apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel).

“Estou muito feliz com a colocação oficial e com pouco de pressão para representar bem o nosso estado. Agradeço, primeiramente, a Deus que até aqui tem me ajudado, a equipe que fica por trás de cada atleta, que nem sempre é vista. A minha nutricionista, psicóloga, médico e fisioterapeuta da Seleção, ao meu sensei Antônio Sérgio que me iniciou no judô e aos técnicos da seleção, Alexandre Garcia e Jaime Bragança”, conta Thiego Marques. 

Ao lado de integrantes da Seleção Brasileira Paralímpica de Judô, o primeiro desafio, em Baku, no Azerbaijão, Thiego ficou em 7° lugar posição no ranking. Já em Warwick, na Inglaterra, terminou em 5° colocado. O judoca completou as competições com 433 pontos, o que o credenciou a uma das 10 vagas de sua categoria.

“É uma satisfação em poder apoiar estes grandes atletas, como o Thiego. A Secretaria tem orgulho de poder realizar sonhos daqueles que se dedicam ao cenário esportivo. Além de levar o nome do Governo do Estado, por meio da Seel, para outros lugares”, disse Nivan Noronha, secretário de Esporte e Lazer.   

Trajetória

Natural de Parauapebas, cidade localizada a 709 quilômetros da capital paraense, Belém, o paratleta, atualmente com 22 anos, é portador do albinismo, mutação genética que inibe a produção de melanina, responsável pela cor da pele e dos cabelos. Uma das consequências deste distúrbio é a perda de visão.

“Sentimento de dever cumprido e de orgulho, pois a gente acaba criando uma relação que vai além de atleta e professor. Eu o vejo bem encaminhado, um cidadão de bem e estudando, porque o professor é como pai e projetamos no atleta o que ele gostaria que tivesse acontecido com ele. Isso é só o primeiro grande passo de uma carreira de sucesso”, conta o professor Antônio Sérgio. 

Em sua carreira como atleta profissional, ele já representou o Brasil nos Estados Unidos pelo Mundial de Jovens, nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru e na Copa do Mundo da Federação Internacional de Esportes para Cegos de Judô Paralímpico (IBSA), no Uzbequistão. Ainda participou do Judo Americas Championship, considerado o torneio pan-americano da modalidade, realizado no Canadá, além de várias outras competições que garantiram bons resultados.

Texto: Bianca Rodrigues (Ascom/Seel)