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Estado comanda força-tarefa contra o Aedes aegypti com apoio de prefeituras

Por Redação - Agência PA (SECOM)
03/02/2017 00h00

As secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa) e a Extraordinária de Integração de Políticas Sociais (Seeips) reuniram nesta sexta-feira (3), no auditório da Casa Civil da Governadoria do Estado, prefeitos e secretários de saúde dos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Castanhal, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Abaetetuba e Barcarena. O objetivo foi debater ações de contenção ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

Participaram do encontro os secretários de Saúde Pública, Vítor Mateus, e de Integração de Políticas Sociais, Izabela Jatene, além de representantes da Sespa, Seeips e gestores da segurança pública. Foram apresentados materiais informando sobre os sintomas e consequências da doença e as melhores formas de prevenção. Na próxima semana, será montado um cronograma com as próximas reuniões que ocorrerão em outros 12 Centros Regionais de Saúde do Estado.

“Esse é um alerta que a Sespa está dando, uma preocupação que o Governo do Estado precisa ter, logo no início do ano, quando essas doenças começam a aparecer. Assim que elas surgem, se não tiverem controle, um bloqueio bem feito, podem se expandir e virar uma epidemia. Então nós, enquanto órgão de saúde pública, temos a obrigação de fazer esses alertas”, disse a secretária adjunta de Gestão em Políticas em Saúde da Sespa, Heloísa Guimarães.

Durante o encontro, foram apresentadas estatísticas sobre as doenças causadas pelo Aedes aegypti. Segundo dados da Sespa, somente em janeiro deste ano, foram 86 casos confirmados de dengue, um de zika e dois de febre chikungunya. Os números apontam queda em relação a janeiro do ano passado, quando foram registrados 191 casos confirmados de dengue, um de chikungunya e cinco de zika.

Outra medida adotada pela Sespa foi a implantação da Sala de Situação, que tem articulado parcerias com o Exército Brasileiro nas ações de combate ao mosquito. Os soldados já estão em ação nos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Marabá, Tucuruí, Sapucaia e Rio Maria, e esta semana também passaram a reforçar a vigilância epidemiológica em Xinguara, que está em estado de alerta, depois que duas mortes causadas por uma forma mais severa de chikungunya foram confirmadas. Os agentes do Exército foram treinados para atuar nas ações educativas junto à população.

Ações integradas

A mobilização estadual envolvendo diretamente prefeituras e secretarias de saúde municipais traz novas iniciativas, como a que vai ocorrer em Santa Izabel. Os agentes de leitura da Celpa que atuam na cidade vão ser treinados e capacitados para usar um aplicativo com o qual poderão informar as autoridades de saúde locais sobre possíveis focos do mosquito Aedes aegypti.

A iniciativa de convocar as prefeituras na força-tarefa de combate ao mosquito foi elogiada pelas lideranças municipais. “A partir dessa ação conjunta há um envolvimento ainda maior. Quando você chama os prefeitos para conhecerem o problema, há uma mobilização efetiva, e isso é muito importante. Trabalhar com o apoio do gestor faz toda a diferença”, disse a secretária de Saúde de Santa Izabel, Débora Jares.

O engajamento das prefeituras foi evidente durante o encontro. “Desmarquei vários compromissos para estar aqui, porque o combate ao mosquito é de grande importância. É fundamental o prefeito participar desse envolvimento, para que ele possa agir também. Às vezes, o secretário não tem a autonomia que nós temos enquanto prefeitos. Essa foi uma grande iniciativa do Governo do Estado, e nós estamos aí, como parceiros, para ajudar”, declarou o prefeito de Castanhal, Pedro Coelho.

A secretária extraordinária de Integração de Políticas Sociais destacou a importância das políticas públicas de saúde nas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti. “É fundamental essa reunião mobilizando a região metropolitana de Belém, que tem grande responsabilidade na questão da prevenção, que é o nosso maior foco. Se estivermos unidos na saúde, educação, segurança e defesa civil, podemos evitar que muitos casos de doença aconteçam e tragam conseqüências tão graves nas vidas das pessoas. Todos nós temos responsabilidades. Se as instituições estiverem trabalhando unidas e integradas, isso fica mais fácil”, ressaltou Izabela Jatene.

“Estivemos aqui para elaborar ações estratégicas de governo para combater o Aedes aegypti. A ideia é, junto com as Forças Armadas, fazer uma ação integrada e conjunta para potencializar resultados e diminuir a exposição da população às doenças transmitidas pelo mosquito. Tivemos resultados muitos significativos na redução de casos e agora estamos intensificando o trabalho”, afirmou Vitor Mateus.