Adepará participa de discussão sobre Guia de Trânsito Vegetal para produtores de açaí em Igarapé-Miri
Documento permite rastrear e regulamentar o trânsito interno do fruto no município
O município de Igarapé-Miri, na região do Baixo Tocantins, um dos maiores produtores de açaí do Brasil, o chamado “ouro negro da Amazônia”, tem se organizado para fomentar e promover ainda mais a produção do famoso fruto. Dentro desse contexto, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), participou, na última quinta-feira (24), de uma ação para discutir e alinhar parcerias em relação à implantação do Guia de Trânsito Vegetal (GTV) para produtores de açaí do município.
A ação ocorreu na Câmara dos Vereadores de Igarapé-Miri, e contou com a presença da agente fiscal agropecuária (AFA) Raquelen de Araújo e do gerente regional de Abaetetuba, Manoel Cardoso. Os representantes da Adepará explanaram sobre a importância do GTV, cujo documento permite rastrear e regulamentar o trânsito interno do fruto no município.
“Igarapé-Miri concentra um quantitativo expressivo de produtores que necessitam realizar os seus cadastros, de suas propriedades e unidades produtivas de açaí junto à Adepará, para que assim possam emitir a GTV- Açaí”, pontuou a AFA Raquelen de Araújo.
Rastreabilidade
A rastreabilidade na cultura do açaí foi estabelecida pela Instrução Normativa nº 02, de 7 de fevereiro de 2018, que determinou prazos para a implementação da medida na cadeia produtiva. Ela permitirá o conhecimento do caminho percorrido pelo fruto, por meio das informações registradas, assegurando que a produção está de acordo com os padrões de qualidade exigidos.
“Nesse sentido, a reunião foi importante para reforçar a parceria e disponibilidade da Adepará junto ao poder público do município, bem como com as entidades que representam os produtores e agricultores familiares, para que assim possamos contribuir para o avanço da cadeia produtiva do açaí no município de Igarapé-Miri”, finaliza Raquelen de Araújo.
Todos os produtores de açaí do território paraense devem se cadastrar para emitir o GTV. De acordo com a Adepará, ao transportar o fruto, será necessário portar o documento, acompanhada de nota fiscal.
A emissão do documento será feita com base nos registros e/ou cadastros de produtores existentes na Adepará, visando atestar a origem da carga.
O gerente regional de Abaetetuba, Manoel Cardoso, explica que a discussão da temática contou com a participação de representantes, sindicatos, cooperativas, instituições bancárias, associações, Prefeitura, secretarias municipais, e sociedade civil, "uma vez que o desenvolvimento da cadeia produtiva do açaí é a principal fonte de renda do município", disse.
O cadastro do produtor/plantio/propriedade deverá ser atualizado a cada safra e os dados relativos à produção irão necessitar de atualização cada vez que o fruto for transportado.