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Adepará promove educação sanitária em municípios do sudeste do Pará

Agronômos de Marabá e Eldorado dos Carajas, no sudeste do estado, recebem orientações sobre as instruções normativas em vigor

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
23/06/2021 13h32

Para realizar reuniões educativas sobre as instruções normativas em vigor e sobre as regulamentações dos citrus, e ainda, ratificar o cadastramento e a rastreabilidade da cadeia produtiva no Pará, bem como orientar sobre as boas práticas na produção, a equipe de Educação Sanitária da Agência de Defesa Sanitária do Pará (Adepará) reuniu com os agronômos, nos municípios de Marabá e Eldorado dos Carajas, no sudeste do estado, nesses dias de junho.

As reuniões buscam aumentar a fiscalização volante para coibir o trânsito irregular de produtos vegetais; o cadastramento de propriedades produtoras de citrus e emissão da Guia de Trânsito Vegetal (GTV); mudanças no comportamento do produtor sobre aquisição.

As discussões técnicas também compreendem o trasnporte, comercialização, manejo e plantio de produtos citricos, o uso correto e seguro dos agrotóxicos e o aumento da devolução de embalagens vazias. Todos esses objetivos estão apontados dentro do plano de trabalho desenvolvido pela equipe de Educação Sanitária e os servidores do campo.

Após as reuniões de planejamento, os técnicos da Adepará, devidamente capacitados, executarão as programações elaboradas em parceria entre a Gerência de Educação Sanitária (GES) e as equipe de campo locais visando repassar conteúdo sobre as Intruções Normativas em vigor e suas regulamentações, o cadastramento dos produtores na Adepará, além de orientar sobre as boas práticas agrícolas, contribuindo para o fortalecimento do agronegócio e desenvolvimento da economia paraense.   

"Entedemos que este é um trabalho que precisar ser construído com os técnicos do campo mais a eficiência dessas  ações. Desde modo, essas reuniões tiveram como objetivo aprimorar o plano de trabalho referente às boas práticas do cítrus de cada localidade, já que são os técnicos que conhecem a realidade de cada município. Portanto, consideramos de suma importância esse trabalho ser construído com os agronomos que estão na linha de frente dessas ações”, detalhou na oportunidade, a gerente de Educação Sanitária, Karina Cardoso Nunes.

A execução desse planejamento da boas práticas na cultura dos citros será levada as regionais de Marabá, Xinguara e São Geraldo do Araguaia. As palestras, reuniões, visitas e entrevistas ocorrerão durante os sete meses restantes do ano de 2021, sendo duas reuniões ou palestras por mês nos municípios definidos dentro dessas regionais.

Economia - A citricultura brasileira, que detém a liderança mundial, têm se destacado pela promoção do crescimento sócioeconômico, contribuindo com a balança comercial nacional e, principalmente, como geradora direta e indireta de empregos na área rural. As laranjeiras, as tangerineiras, as limeiras ácidas e os limões verdadeiros são os principais tipos de citros cultivados no Brasil. As laranjeiras, Citrus sinensis  são os citros de maior importância econômica.

O fruto é consumido na forma “in natura”, porém, 50% a 55% é industrializado para a produção de suco. O caule das plantas podem ser utilizados na forma de lenha. Algumas espécies são utilizadas na produção de ácido cítrico e também na produção de matéria prima para a indústria farmacêutica, mas temporada de baixa produção em 2020/21, as expectativas iniciais de agentes são de mais uma safra limitada de laranjas em 2021/22 no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro, diante de condições climáticas desfavoráveis. 

Segundo pesquisadores do Cepea, este cenário tende a manter firmes os preços da fruta em 2021. A demanda industrial, por sua vez, também deve seguir aquecida, considerando que os estoques de suco devem fechar, em junho de 2021, próximos do patamar estratégico, necessitando moer a maior quantidade possível de frutas para manter um volume suficiente para atender à procura.

Para engenheira agrônoma e fiscal estadual agropecuária da regional de Marabá, Eliana Viana, a construção do plano em parceria é fundamental. “É muito importante a equipe vir até aqui para esse plano ser construído em conjunto. Estamos trabalhando nas fiscalizações e inspeções em muitas propriedades que plantam citros. Não são propriedades comerciais, são plantios pequenos, digamos, um pomar doméstico, pequenos sítios. A maioria é de chácaras aqui em redor do trilho do trem, que é o nosso foco, que é por onde pode entrar várias mudas clandestinas. Assim, é muito bom que, nesta semana, estamos tendo orientação dos colegas da equipe de sanitária da sede”, avaliou.

Defesa - Uma das consequências de uma possível entrada de pragas no estado é a chegada de doenças que não tem no nosso estado, como o cancro cítrico, pinta preta e Greening. São doenças que se disseminam rápido e não há como controlá-las rapidamente, por se tratar de fungos e bactérias, que podem causar perda de plantios do setor comercial. Assim, a Adepará orienta para que as pessoas não tragam mudas de outros estados sem certificação.

Em caso de suspeita de alguma doença, a Adepará orienta o produtor a procurar a Agência e informar sobre qualquer suspeita. Após a demanda, um fiscal agropecuário irá à propriedade para realizar coletas e o material será enviado à sede para ser encaminhado a um laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“A orientação é para fazermos a defesa do nosso pólo de citricultura do estado, orientamos a nunca trazerem mudas de Minas Gerais e São Paulo, porque são os estados que mais apresentam doenças dos citros. Mas se trouxerem mudas, que sejam certificadas ou com Permissão de Trânsito Vegetal”, destaca a engenheira.