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Mulheres privadas de liberdade do regime semiaberto fazem visita à sede da Prodepa

Custodiadas do CRF foram selecionadas para atuar em projeto que deverá digitalizar documentos

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
22/06/2021 18h09

Dez mulheres custodiadas do Centro de Reeducação Feminino de Ananindeua (CRF), selecionadas para participarem de um projeto realizado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) e a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa), visitaram a sede da Prodepa nesta terça-feira (22), em Belém. Elas conheceram a empresa e foram recebidas pelo presidente, Marcos Brandão, e pela gerente do setor de Microfilmagem e Digitalização, Lea Vânia. 

As internas estão atuando na preparação de documentos que serão digitalizados e inseridos no sistema de buscas e ajudarão na orientação de perícias médicas do Estado. Os médicos, via internet, terão acesso a essa documentação. Elas desempenham o trabalho de digitalização em uma sala de treinamento na Seplad, acompanhadas por servidores da Seap. Além de ser uma oportunidade de inclusão social, as atividades visam facilitar o acesso aos documentos por parte da equipe médica.

De acordo com o presidente da Prodepa, Marcos Brandão, essa parceria proporciona um despertar para essas mulheres que estão se recuperando socialmente. "Então, juntamente com essa nova perspectiva, a Prodepa fornece a tecnologia para esse novo momento. Elas vão lidar com a mudança do analógico para o digital no trabalho de transformação do papel para o virtual. Isso as ajuda a se preparar para um novo mundo que as esperam”.

Para Ellen Thainara, 21 anos, custodiada do Centro de Reeducação Feminino, em Ananindeua, fazer parte do projeto é um recomeço de vidas. “Uma porta muito boa para nós, e que serve para a sociedade nos enxergar com outros olhos. Isso serve como uma nova porta de entrada para nossa própria vida. A gente olha o futuro de forma diferente”.

"Estamos com o apoio da Seplad e Prodepa garantindo dignidade e proporcionando oportunidades para a mudança de vida. Quem trabalha e estuda não volta para o crime. Isso é feito para a reinserção social das pessoas privadas de liberdade”, ressaltou o titular da Seap, Jarbas Vasconcelos.