Unidades de Conservação são aliadas na política de preservação da biodiversidade
Espaços legalmente protegidos, as Unidades precisam de manejo adequado de suas potencialidades
O potencial das Unidades de Conservação para a humanidade foi um dos assuntos debatidos pelos profissionais da área ambiental nesta quarta-feira (09), em programação alusiva à Semana do Meio Ambiente, transmitida pelo canal do Governo do Pará no YouTube. O diálogo teve como objetivo promover conhecimento para a sociedade sobre o trabalho e os estudos desenvolvidos para promover a criação dessas unidades e a preservação da biodiversidade na Amazônia, além de enfatizar que são espaços territoriais legalmente protegidos, sendo divididos em categorias de uso integral e sustentável.
Segundo a diretora de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Socorro Almeida, “para fazermos a gestão e monitoramento das Unidades precisamos, primeiro, conhecer os elementos que fazem parte da área: flora, fauna e humano. Então, o manejo das Unidades torna-se um elemento fundamental, pois sabemos que não se resume a um bloco fechado, e sim a um complexo de zonas, onde são permitidas ou não determinadas atividades”.
“Nas Unidades de Conservação onde existem áreas degradadas, nas quais se torna necessário fazer a recomposição, usamos a tecnologia de Sistemas Agroflorestais, tornando a presença humana superimportante, e não somente para a recomposição das áreas, como também para geração de renda para essas famílias que trabalham no campo”, ressaltou a diretora.
O planeta Terra depende de seus recursos naturais, que precisam ser conservados e manejados de maneira adequada, para que seja possível proporcionar qualidade de vida às futuras gerações.
De acordo com o diretor de Gestão da Biodiversidade, Crisomar Lobato, “a população em geral tem uma grande importância na proteção das Unidades de Conservação e, na verdade, o Estado do Pará é extremamente rico em áreas protegidas, pois temos aproximadamente 60% do Estado de áreas protegidas em suas diversas formas, sendo 23% de Terras Indígenas, 16% de Unidades de Conservação Federais, 17% de Unidades de Conservação Estaduais, 1% de Territórios Quilombolas e 2% de áreas das Forças Armadas, sendo que 17% são de responsabilidade do Ideflor-Bio (Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade)”.
Conhecimento - Os participantes da live também enfatizaram que as Unidades de Conservação são espaços criados para preservação da biodiversidade, mas isso só se faz com pesquisa e conhecimento, que é interdisciplinar. “A integração de todos esses conhecimentos é que faz a geração de conhecimento do manejo e monitoramento dessas Unidades de Conservação do Estado do Pará e da Amazônia”, ponderou Leandro Ferreira, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi.
A mineração é uma atividade altamente degradante, mas com a criação dessas Unidades de Conservação é possível frear a degradação. Segundo o pesquisador, “temos diversos recursos inseridos no bioma do Estado do Pará. Então, somos muito ricos em espécies da flora e fauna, de populações e culturas diversas. Temos ainda muito trabalho pela frente e precisamos estar juntos com a comunidade e autoridades para podermos garantir um futuro melhor e manter o funcionamento e utilidade das Unidades de Conservação”.
A live foi mediada pela jornalista Vanessa Vasconcelos, e contou ainda com a participação da Rubens Borges, secretário de Meio Ambiente de Marabá e diretor do Fórum Permanente dos Secretários Municipais de Meio Ambiente do Pará (Fopesmma).