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IMUNIZAÇÃO

No Dia Nacional da Imunização, Sespa reforça a importância das vacinas

Por Roberta Vilanova (SESPA)
09/06/2021 12h06

Nesta quarta-feira, (09), Dia Nacional da Imunização, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), lembra que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), 18 tipos de vacinas que protegem crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes contra 26 doenças graves. 

O objetivo da data comemorativa é chamar a atenção da população para a importância das vacinas, tanto para o indivíduo, como para a saúde coletiva. 

A primeira vacina do mundo foi criada pelo médico britânico, Edward Jenner, em 1796, para evitar o contágio pelo vírus da varíola, uma doença infeciosa, cujo último caso natural, foi diagnosticado em outubro de 1977, o que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS), a certificar a erradicação da doença em 1980. 

De lá para cá muitas vacinas foram criadas, sendo as mais recentes, as que combatem o novo coronavírus causador da Covid-19, que, assim como outras vacinas multidoses, só têm o ápice de sua proteção, com a administração do esquema completo de doses.

As vacinas são produzidas com propriedades dos vírus causadores das doenças, porém, estão em estado inativo, que ao entrarem no organismo, fazem com que o sistema imunológico reaja e produza os anticorpos necessários à defesa contra os agentes causadores. Por isso, manter a vacinação em dia, mesmo na fase adulta, é um dos melhores métodos para evitar doenças que já mataram ou deixaram sequelas em milhões de pessoas em todo o mundo, como é o caso da poliomielite.

Apesar disso, atualmente, existe um movimento de pessoas que são contra a vacinação e não levam seus filhos para vacinar. Mas, conforme a OMS, a verdade é que, “a imunização salva milhões de vidas e é amplamente reconhecida como uma das intervenções globais em saúde, de maior sucesso e mais economicamente viáveis”. 

Para o diretor de Epidemiologia, Bruno Pinheiro, o ato de se vacinar, confere proteção tanto individual quanto coletiva, para a família e a comunidade, evitando doenças, suas sequelas e o risco de morte. “Por isso, é importante que os esquemas vacinais sejam seguidos adequadamente, com a população atenta ao calendário de vacinações de cada fase da vida, e que os serviços de saúde, estejam sempre mobilizados para o alcance da cobertura vacinal ideal de cada imunizante”, alertou.

Bruno Pinheiro assegurou que as vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde de todos os 144 municípios do Pará, para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. “Basta comparecer a unidade de saúde mais próxima da sua casa”, recomendou.

A coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, explicou que, para inserir uma vacina no calendário vacinal, são estudados os impactos epidemiológicos da doença alvo da vacinação na comunidade, assim como sua incidência, complicações e óbito. “As vacinas têm um período de validade dado pelo laboratório produtor, que deve ser observado, como também têm um custo financeiro importante para sua disponibilidade na rede de serviços do SUS, daí a importância de haver um esforço, para que esses imunizantes sejam bem aproveitados pela população alvo das vacinas”, ressaltou.

Vacinas disponíveis - As 18 vacinas previstas no calendário nacional de vacinação para crianças, protegem contra formas graves de tuberculose, hepatite B, rotavírus, difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo B, poliomielite, 10 doenças causadas por pneumococo (tais como otite e meningite), meningite meningocócica, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, hepatite A e HPV.

Para os adolescentes, o calendário prevê doses das vacinas contra a hepatite B, febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), HPV, meningite meningocócica, difteria, tétano e coqueluche. É importante destacar que a vacina HPV, protege contra câncer de pênis, câncer de ânus, câncer de colo do útero e de garganta.

Aos adultos de 20 a 59 anos, são destinadas doses de vacinas contra a hepatite B, febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e dupla adulto (difteria e tétano).

Para os idosos, o calendário prevê doses das vacinas contra hepatite B e dupla adulto. E para as gestantes estão previstas as vacinas contra hepatite B e dupla adulto e tríplice acelular.

Campanhas - Além do calendário vacinal na rotina, o PNI realiza anualmente, a Campanha de Vacinação contra a Influenza (gripe), que protege contra três tipos de vírus (H1N1, H3N2 e Influenza B), que podem gerar complicações e causar a morte por síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Também há Campanhas Nacionais de Vacinação para reforço de doses, especialmente contra a poliomielite, atualização de esquemas vacinais e controle de surtos, como é o caso da Campanha de Vacinação contra o Sarampo, que continua em andamento vacinando principalmente, pessoas de 20 a 49 anos. 

O sarampo, que era considerada uma doença eliminada do Brasil, voltou em 2018, exatamente porque a cobertura vacinal estava baixa no país. 

Segundo Jaíra Ataíde, a meta da campanha é vacinar 3.492.471 pessoas de 20 a 49 anos ou, pelo menos, 95% desse total. “No entanto, só vacinamos 983.831, o que corresponde a 28,17% da população alvo, portanto uma cobertura muito aquém do necessário” lamentou.

Assim, ela orienta que os adultos não vacinados, ou com apenas uma dose de vacina registrada, procurem as unidades de saúde para tomar a vacina e ajudar a acabar com o sarampo no Pará. “E aproveitem a ida ao posto de vacinação, para tomar outras vacinas que também estejam com esquema incompleto”, sugeriu a coordenadora estadual.

Serviço: As vacinas do Calendário Nacional de Vacinação estão disponíveis nas unidades de saúde dos 144 municípios paraense.