Operação da Segup impede entrada clandestina de imigrantes no Pará
Embarcação transportava 17 haitianos com passaportes com visto negado
Neste sábado (05), a Operação 'Tarrafa', realizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio do Grupamento Fluvial (GFlu), impediu a entrada clandestina de 17 haitianos no Estado. Os imigrantes estavam em uma embarcação que saiu de Macapá (AP) na sexta-feira (04), onde também foi apreendida carga sem comprovação fiscal.
A operação, que deve estender-se até o domingo (06), faz parte da Operação 'Corpus Christi', também promovida pela Segup. Voltada para a prevenção e repressão de crimes nos rios, a ação integrada tem como foco embarcações vindas de outros estados como Amapá, Amazonas e algumas cidades paraenses, como Santarém, e que tenham como destino a capital paraense.
Durante abordagem na embarcação 'Ana Beatriz', ocorrida nas primeiras horas desta manhã, foram identificados 17 haitianos portando passaportes com visto negado. Dentro do navio, equipes do Grupamento Fluvial identificaram, ainda, carga como roupas, bonés, eletrônicos, suplementos, entre outros, sendo transportados sem comprovação fiscal.
O navio foi conduzido até o Porto Líder, situado na Avenida Bernardo Sayão, para início dos procedimentos legais. Uma equipe da Polícia Federal conduziu a abordagem dos imigrantes por ser sua competência. Já a carga apreendida, foi transportada até a embarcação 'André Luiz', base utilizada pelo GFlu durante a operação, para procedimentos legais, sendo destinada posteriormente à Receita Federal.
O delegado Arthur Braga, diretor do GFlu, destaca que mais uma vez a operação alcança êxito, recordando a apreensão de 80 kg de grude de peixe, realizada na última quinta-feira (03), trazendo segurança nos rios do Estado.
“Nós estamos desde quinta-feira numa operação integrada do sistema de segurança pública. A população vem agradecendo a atuação da polícia, afirmando que se sente mais segura e o nosso objetivo é exatamente esse: levar a população a sensação de segurança, e a segurança em si tanto preventiva quanto repressiva, como é o caso de algumas apreensões que a gente vem fazendo”, afirma o delegado.
O diretor destaca que as ações da operação estão sendo fortalecidas com os equipamentos recém adquiridos pelo Governo do Estado e repassados para o Grupamento. “Nós estamos com quatro embarcações sendo utilizadas, inclusive duas delas foram recentemente entregues. É uma embarcação blindada equipada com visão noturna. Como as atuações também estão sendo feitas durante a madrugada, os equipamentos adicionam uma segurança muito grande para o policial, resultando numa eficiência muito grande para as ações das forças que estão integrando esta operação Tarrafa”, destacou.
'Operação Tarrafa' - A operação reúne efetivo da Delegacia de Polícia Fluvial, Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), mergulhadores do Grupamento Marítimo Fluvial (Gmaf), Batalhão com Cães da Polícia Militar (BAC), o canil da Guarda Municipal de Belém, agentes da Companhia Independente de Polícia Fluvial (CIPFlu) e peritos criminais CPC Renato Chaves.
São empregadas quatro embarcações. São três lanchas, uma delas 'Aruanã 29', tem proteção de casco e de célula de sobrevivência, inclusive, com os vidros blindados, e a embarcação 'André Luiz' funciona como base para atividades administrativas. As equipes estão em pontos estratégicos de chegada de embarcações, em Belém, e realizam rondas de patrulhamento.
As equipes fazem abordagens contra o tráfico de drogas, deslocamento de criminosos, veículos roubados e de transporte de madeira ilegal. Para a identificação de drogas ilícitas são utilizados cães farejadores e mergulhadores inspecionam os cascos das embarcações.
Texto: André Macedo (Ascom/Segup)