Seel elabora mapa com o perfil do paradesporto paraense
O programa Paradesporto, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), divulga os primeiros dados do levantamento com o qual pretende traçar o mapa do paradesporto paraense. A pesquisa visa revelar quais são as modalidades praticadas e o número de praticantes, além de rastrear e cadastrar as entidades esportivas ligadas ao paradesporto, as parcerias existentes e as principais dificuldades encontradas pelos paratletas.
O objetivo é produzir um melhor direcionamento de ações públicas de apoio aos paratletas. O mapeamento está sendo feito através de formulário disponibilizado no site da Seel (seel.pa.gov.br). Disponível desde janeiro deste ano, o formulário de identificação das entidades de práticas paradesportivas do Pará já foi preenchido por 12 associações, dos municípios de Acará, Altamira, Belém, Marabá, Paragominas e Parauapebas. A coordenação do Paradesporto informa que o formulário ainda se encontra disponível no banner do programa no site da secretaria.
Por meio da consulta on line, a Seel pretende fazer levantamento sobre quais são as modalidades paradesportivas existentes e quais as mais praticadas no Estado, além da quantidade de praticantes destas modalidades, com classificação etária.
De acordo com os primeiros dados levantados pela pesquisa, o atletismo é a modalidade mais praticada, seguido por tênis de mesa, basquete em cadeira de rodas, futebol de cinco, judô e natação. Em terceiro lugar entre as modalidades mais praticadas aparecem halterofilismo, tênis de quadra, bocha e goalball. Por fim, remo, futebol de sete, vôlei sentado, esgrima em cadeira de rodas, canoagem, ciclismo, hipismo paraequestre, parabadminton, futsal e vôlei fecham a lista. Dessas 20 modalidades, todas estão inseridas nas paralimpíadas escolares e 17 são paralímpicas.
A maioria das modalidades registradas pelas 12 entidades que já preencheram o formulário é praticada na faixa etária de 19 anos em diante, com uma frequência de treino de cinco vezes por semana e média de até 50 paratletas por projeto. Grande parte usa o paradesporto para o rendimento com fins estritamente desportivos. A limitação físico-motora é o tipo de deficiência mais observada.
Mais da metade dessas 12 entidades atua com parceiros e as principais barreiras encontradas para o funcionamento apontam para carência de recurso material e estrutural. Dessas 12 entidades, nove são vinculadas, em geral, ao Comitê Paralímpico Brasileiro, Confederações Brasileiras de Remo (CBR), Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC), Desporto para Deficientes Visuais (CBDV), Desporto de Surdos (CBDS) e Judô (CBJ).
Essas nove entidades são vinculadas à Federação Paraense de Remo (FPR), Judô (FPJ) e Desporto de Surdo (FPDS). Segundo o técnico de Esporte e Lazer da Seel, Ewerton Souza, entidades filiadas às federações estaduais e às confederações nacionais são melhores capacitadas: A entidade de prática paradesportiva que é filiada a uma federação ou confederação possui um ‘know-how’ diferenciado para atender seus atletas.
De posse dos dados preliminares, a coordenação do Paradesporto visa concentrar esforço para atuar pontualmente, decifrar caminhos, diminuir a margem de erro nas tomadas de decisão e esboçar um cronograma de ação e linha de atuação para efetivação de políticas públicas no campo paradesportivo.
Paradesporto
O Programa Paradesporto foi reativado no ano passado para impulsionar o desenvolvimento do esporte adaptado nas 12 regiões de integração do Pará, para atender e beneficiar paratletas. Um dos objetivos é rastrear projetos e programas paradesportivos governamentais e não governamentais, para criar um banco de dados e, através desta ação, construir uma rede de compartilhamento estratégico de interesse ao desenvolvimento e gestão do Esporte Adaptado.
A Seel decidiu pela reativação do programa devido à percepção de uma necessidade urgente de atendimento às necessidades das pessoas com deficiências no Estado. De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, o Pará possui 1.791.299 pessoas com ao menos uma deficiência, o que representa 23,63% de sua população total. O programa Paradesporto busca se tornar ferramenta para a inclusão social das Pessoas Com Deficiência.
MAPA DO PARADESPORTO PARAENSE |
Entidades registradas, até o momento: |
Associação De E Para Cegos do Pará (ASCEPA) |
Associação de Remo Guajará |
Associação dos Amigos do Centro Interdisciplinar de Equoterapia (AACIEQ) |
Associação Esportiva e Paradesportiva do Sul e Sudeste do Pará (AEPA) |
Associação Paradesportiva de Paragominas (APPA) |
Associação Paralímpica de Marabá (APM) |
Associação Souza Filho de Artes Marciais (ASFAM) |
Clube dos Deficientes Físicos All Star Rodas / Belém |
Clube dos Deficientes Físicos All Star Rodas / Pará |
Esporte Adaptado - Professor Valdir Santos |
Instituto Cultural e Profissionalizante dos Surdos de Altamira (ICEPSA) |
Unidade Educacional Especializada José Álvares Azevedo (UEEJAA) |
MODALIDADE MAIS PRATICADAS |
Primeira parcial do mapa do paradesporto paraense |
1 - Atletismo |
2 - Tênis de mesa, basquete em cadeira de rodas, futebol de cinco, judô e natação |
3 - Halterofilismo, tênis de quadra, bocha e goalball |
4 - Remo, futebol de sete, vôlei sentado, esgrima em cadeiras de rodas, canoagem, ciclismo, hipismo paraequestre, parabadminton, futsal e vôlei |
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Dessas 20 modalidades: |
17 são paralímpicas |
Todas estão inseridas nas paralimpíadas escolares |