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Live abordará interfaces do trabalho infantil com a Saúde Pública

Por Roberta Vilanova (SESPA)
02/06/2021 18h27

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhado (Cerest-PA), realizará, na próxima segunda (07), às 9h30, pelo YouTube, uma live sobre tema “Interfaces do Trabalho Infantil com a Saúde Pública”, que conta com a parceria do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

Alusiva ao Dia Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil comemorado em 12 de junho, a live terá como palestrantes assistente social do Cerest-PA Nelceli Melo; o perito médico federal do INSS, Márcio Leno Maués; a procuradora regional do Trabalho da 8ª Região, Rejane Alves; e o psicólogo do Cerest-PA Aldo Brito.

O evento é destinado aos profissionais que atuam nas Políticas de Proteção Social da Criança e Adolescente (Saúde, Assistência Social e Educação), profissionais do MPT e órgãos afins, acadêmicos dessas áreas e comunidade em geral.

Segundo Nelceli Melo, o objetivo é fortalecer a temática do Trabalho Infantil na Rede SUS, apresentando a caracterização do Trabalho Infantil, as piores formas de trabalho infantil conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os impactos na saúde da criança e do adolescente, e a resposta da Política de Saúde do Trabalhador frente a essa problemática.

Ela informou que as ações nessa área são desenvolvidas pelo Cerest Estadual e Cerests Regionais; Referências Técnicas em Saúde do Trabalhador dos Centros Regionais de Saúde da Sespa e dos Municípios e que as principais ações realizadas são a qualificação dos profissionais de saúde sobre o trabalho infantil; investigação e acompanhamento dos casos notificados e realização de inspeção sanitária para a prevenção de acidentes do trabalho.

De acordo com Nelceli Melo, os profissionais de saúde precisam ficar atentos ao atenderem crianças e adolescentes nas unidades de saúde, porque o trabalho infantil é um agravo de notificação compulsória da mesma maneira que é o sarampo, a dengue e a Covid-19 entre outras doenças graves.

Os números do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, mostram o quanto o trabalho infantil é nocivo às crianças e adolescentes. De 2007 a 2019, 46.507 crianças e adolescentes sofreram algum tipo de agravo relacionado ao trabalho, das quais 279 foram vítimas fatais.

Uma das atividades mais prejudiciais é o trabalho infantil agropecuário. Foram 15.147 notificações de acidentes com animais peçonhentos e 3.176 casos de intoxicação exógena por agrotóxicos, produtos químicos, plantas e outros. “Esses são apenas exemplos de como é importante que esse tipo de agravo seja denunciado e combatido no Brasil”, alertou Nelceli Melo.

Serviço: Para assistir à live, basta acessar o Canal do Cosems-PA no YouTube pelo link a seguir LIVE  TRABALHO INFANTIL