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Com 13 anos de operação, Graesp é referência em operações aéreas no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/02/2017 00h00

“Heróis anônimos, guerreiros sem face, operações aéreas é o que somos”. Esse é o lema do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), unidade vinculada à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), responsável por operações de resgate, monitoramento e transporte aéreo de autoridades. Implantado em 2005 no Pará, um dos estados pioneiros nesse tipo de serviço em todo o País, o Graesp atua em todas as regiões por meio de bases instaladas nos municípios de Santarém, Altamira, Marabá e Redenção. Este ano o grupamento completará 13 anos de operação.

O dia começa cedo no quartel general do grupamento, localizado no setor de hangares do Aeroporto Internacional de Belém. A primeira tarefa diária dos integrantes do grupamento, antes mesmo de estabelecer as missões do dia, é reunir as duas tripulações e deixar todos cientes dos acontecimentos do dia anterior, além de checar em detalhes a situação das aeronaves e equipamentos. Com o planejamento definido, segue-se uma oração coletiva pela segurança e bem estar de todos que trabalham e são auxiliados pelo Graesp.

A unidade conta com oito aeronaves próprias e uma alugada, sendo seis helicópteros e três aviões adaptados para atender as missões. O grupamento pode ser acionado por meio do Centro Integrado de Operações (Ciop) ou agir proativamente por conta do monitoramento de intercorrências via rádio. Durante o dia, duas aeronaves ficam a postos para atender as ocorrências que surgirem e uma terceira fica de stand by.

Atualmente, 101 homens fazem parte do Graesp em todo o Pará, sendo 56  PMs, 26 bombeiros, sete policiais civis e 12 profissionais civis. Para atender as chamadas aeromédicas, o grupamento conta com dois médicos e dois enfermeiros cedidos pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) por meio de um convênio de cooperação.

“Nosso efetivo é composto por profissionais multimissões, ou seja, devidamente preparados para qualquer tipo de ocorrência. Nosso treinamento é constante, intenso e rígido. Tudo o que fazemos é planejado, mas estamos sempre preparados para o inesperado”, afirma o coronel Márcio Bailosa, diretor do Graesp.

Operações

Em 2016, o Graesp cumpriu 2.568 missões, sendo 1.607 referentes a ações policiais e 238 aeromédicas. As demais constituíram operações variadas do Sistema de Segurança Pública. Como o serviço abrange as principais regiões do Pará, a base de Belém atende toda a região metropolitana da capital, região da ilhas e arquipélago do Marajó.

“Um dos casos atendidos pelo grupamento e que ganhou destaque ocorreu em Cachoeira do Arari, em 2016. Uma menina com idade entre 10 e 12 anos foi vítima de escalpelamento pelo motor de uma embarcação. Tivemos que agir rápido para salvá-la. Não fosse a agilidade, a precisão e comprometimento da equipe do Graesp, hoje ela poderia estaria morta. Seis meses após o acidente nós a reencontramos, e isso nos deixou bastante emocionados, afinal estávamos frente a frente com o resultado do nosso esforço, que tem como principal objetivo preservar a vida”, lembra o médico Jaime Martins, que participou da missão ao lado do enfermeiro Marcelo Rodrigues.

O coronel Bailosa destaca que a presença do Graesp em ocorrências de qualquer natureza faz a diferença. “Nas ocorrências policiais, garantimos o monitoramento de toda a situação para evitar que aqueles que infringem a lei consigam escapar. Estamos no ar, mas em constante comunicação com as equipes em terra. Nas operações aeromédicas o diferencial fica por conta da agilidade no atendimento, que é sempre assertiva. Quando precisamos transportar uma autoridade para acompanhar casos urgentes, como a vistoria de uma área afetada por enchentes, desabamentos, incêndios ou outros desastres, a eficiência é a mesma”, explica.