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ASSISTÊNCIA SOCIAL

Estado incentiva retomada de vínculos familiares de pessoas em situação de rua

Por Governo do Pará (SECOM)
24/05/2021 15h22

O Governo do Pará e uma rede de parceiros asseguram ações diárias de saúde, lazer e de promoção da cidadania para pessoas em situação de rua, acolhidas em Escolas Estaduais, na Região Metropolitana de Belém. O trabalho da equipe multidisciplinar coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), tem feito a diferença na vida de centenas de homens e mulheres há quase três meses.  

A retomada de vínculos familiares é um dos maiores objetivos durante o abrigamento. Ao longo desse período, alguns acolhidos mantiveram contato com a família e com amigos, se reconciliaram e agora estão voltando para casa.

Em parceria com o Grupo Bem Querer, 15 acolhidos conseguiram passagens intermunicipais e interestaduais e conseguiram retornar. Jhemerson Flávio estava em um dos abrigos emergenciais, tem 24 anos, residia em Minas Gerais e estava em Belém desde dezembro. Ele conta que enfrentou problemas familiares e veio tentar emprego na capital, foi assaltado, perdeu os documentos e acabou ficando por aqui.

"Sou cozinheiro profissional, mas não consegui nenhuma oportunidade. Quando a gente se afasta da família, a gente se acha sozinho. Aqui no abrigo eu consegui ajuda para melhorar de forma física e mental; a partir do momento que a gente recebe assistência, temos a chance de nos tornarmos alguém melhor. Hoje, retorno para Minas buscando um trabalho na minha área, para me ajudar e ajudar os meus filhos", comentou.

Segundo Thyago Rezende, um dos voluntários do Bem Querer, o projeto tem 17 anos de atuação nas ruas e, além da entrega de água e alimento, o grupo  identifica pessoas que apresentam o desejo de retornar para as suas cidades e os auxilia com passagens. "Como a gente já tem muito tempo de rua, é possível identificar novos rostos e sinalizar esses casos. A gente resgata os contatos, fala com a assistência social do município, fala com a família e com resposta positiva, consegue transporte e alimentação para essas pessoas", conta o coordenador.

Assistência

O acolhimento de pessoas que viviam na via pública foi uma das primeiras estratégias adotadas pelo governo estadual para conter a disseminação do novo coronavírus na capital paraense. A medida já abrigou cerca de 350 pessoas, e atualmente, cerca de 90 pessoas continuam acolhidas em duas escolas: Dom Pedro II.

Diante da baixa procura por novos atendimentos e a necessidade em conter a propagação do coronavírus entre os acolhidos, a Seaster decidiu por suspender novos acolhimentos e atuar de forma direta e mais próxima com o público que decidiu permanecer nos espaços. Os abrigados recebem quatro refeições por dia, além de kits de higiene pessoal, roupas e máscaras de proteção. As equipes que assistem os acolhidos atuam dentro dos protocolos recomendados pelos órgãos de saúde, com máscaras e álcool em gel para garantir a segurança de todos.

*Texto: Camila Santos (Ascom / Seaster).