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Governo avança com as obras de reconstrução do prédio histórico do IEEP, em Belém

Todos os cuidados para preservar o estilo neoclássico inglês e art nouveau francês estão sendo tomados durante a execução dos serviços

Por Giovanna Abreu (SECOM)
19/05/2021 13h01

As obras de reconstrução do prédio do Instituto de Educação Estadual do Pará (IEEP), tombado pelo patrimônio histórico, avançam em Belém. Após a assinatura da Ordem de Serviço para a execução das obras, no mês de fevereiro deste ano, a segunda unidade de ensino mais antiga do Pará, que completou 150 anos em abril, é um centro de memórias, cultura e história do Estado.

“Esse prédio vive na memória dos paraenses pela importância e simbolismo histórico. É muito gratificante que o Governo se dedique para restaurar o espaço e junto também a história do Pará. O prédio será entregue nas melhores condições, resgatando as tradições no nosso Estado, ofertando educação em um prédio de qualidade”, afirma a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga.

Entre os serviços que serão realizados no prédio estão: instalação elétrica totalmente nova; restauração dos pisos de ladrilho e madeira; revisão do forro; revitalização e pintura da faixada do prédio e interiores; restauração de pinturas artísticas nos halls, entre outros. O prédio também será contemplado com projeto de iluminação artística na faixada.

De acordo com Vinicius Monteiro, engenheiro residente da empresa que realiza a reconstrução do espaço, o trabalho é intenso. “A nova instalação elétrica do andar superior já está em fase de conclusão, a pintura está em andamento na faixada lateral e ainda este mês a previsão é de que seja finalizada. A instalação de esquadrias também está sendo feita. As pinturas artísticas estão em testes de coloração e devem ser iniciadas na próxima semana. Por ser um prédio histórico, todo cuidado de preservação e muito estudo envolvem a obra”, explica. A previsão é de que a obra seja finalizada no mês de agosto.

O diretor do IEEP, Luiz Cavalcante, relembra que a reconstrução do prédio é um anseio da comunidade há anos. “Nós tivemos reformas pontuais, mas essa é mais abrangente, o que é uma iniciativa louvável. A obra resgata a historicidade do prédio e de tudo o que este espaço já acolheu, como a sede do jornal A Província do Pará, de propriedade de Antônio Lemos, residência do governador e atividades de educação, que tornaram o instituto referência em pesquisa. É um patrimônio histórico do nosso Estado, com um valor cultural imensurável”, ressalta.

O Centro de Formação de Profissionais de Educação Básica do Estado do Pará (Cefor), que é vinculado à Seduc, foi instalado desde a sua criação, em 2015, no prédio. O professor Augusto Paes, que é coordenador do Centro, explica que ele possui o papel de potencializar a formação continuada dos profissionais da educação e também a formação inicial em articulação com as universidades.

“O prédio tem uma identidade enquanto casa de formação de professores e nós lutamos para preservar isso. Muitas pessoas tiveram sua trajetória marcada por esse Instituto. Ao mesmo tempo em que estamos trabalhando na recuperação da estrutura arquitetônica do prédio, também trabalhamos na recuperação de outro legado: da memória da educação do Estado”, destaca o professor.

Cerca de 10 milhões de documentos compõem um acervo de professores do Estado, que constitui o legado do trabalho realizado na formação do magistério do Instituto. Todo o conteúdo está em fase de organização e digitalização, de modo que se possa constituir um Centro de Documentação do Magistério do Estado do Pará.

PRÉDIO HISTÓRICO

O prédio do IEEP é uma edificação do século XIX de típica arquitetura portuguesa e influências neoclassicista e art nouveou francês. Fundado em 1871, na gestão do governador Joaquim Portela, presidente da Província do Grão-Pará, o Instituto foi a primeira Escola Normal do Estado, destinada à formação de professoras.

“Além do seu valor histórico, o IEEP tem um grande valor artístico muito presente em seus salões, nas pinturas artísticas, pisos em ladrilho hidráulico e em madeira, além de forros, esquadrias, o gradil Art Nouveau e outros detalhes arquitetônicos. Por isso, o DPHAC tem acompanhado essa obra para que o bem se mantenha preservado por muitos mais anos", explica Karina Moriya, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC/Secult).

A diretora informa que as edificações contemporâneas encontram-se anexas ao prédio antigo, com estrutura para auditório, cozinha, depósito, casa de bombas, cantina, salas administrativas e laboratório, ginásio de esportes, vestiários, banheiros, laboratórios e salas de aula. “São características que foram preservadas ao longo do tempo e que tornam ele uma construção rica em história”, afirma. 

O IEEP funciona na travessa Gama Abreu esquina com avenida Serzedelo Corrêa, 224 - Campina, Belém – PA.